Redação Planeta Amazônia
A 3 edição do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, realizado pelo Governo de Rondônia, na quinta-feira, 5, discutiu o desafio de encontrar soluções para mitigar as mudanças climáticas e fortalecer a sustentabilidade.
Durante o fórum, a preocupação com as ondas de calor mais fortes em Rondônia e a seca do Rio Madeira foram pontuadas como questões que devem receber uma atenção especial, mas também foram destacadas conquistas como o alcance da redução de 60% do desmatamento, no primeiro semestre de 2023, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, e a queda de 72,6% nas ocorrências de incêndios florestais, de janeiro a agosto de 2022 e 2023, conforme relatório estatístico do Corpo de Bombeiros do Estado – CBMRO.
Governança
O secretário executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam, Hueriqui Charles Lopes, presidente do Fórum destacou que, o evento promove o diálogo para que os atores sociais possam contribuir para melhorar a qualidade de vida da população com o uso sustentável dos recursos naturais. “No Fórum, há a oportunidade de traçarmos juntos o caminho para que as propostas e projetos apresentados sejam aplicados no nosso Estado “, afirmou o secretário.
A diretora de Governança Climática da Sedam, Letícia Andrade ressaltou que, o Fórum também serve para avançar nos encaminhamentos das três Câmaras Temáticas – CT: Salvaguarda socioambientais, Povos Indígenas e comunidades tradicionais; e Pagamento de Serviços Ambientais, o que ajuda a entender as necessidades e prioridades em cada eixo.
‘‘Esse é o terceiro Fórum e já tivemos bons avanços como a criação das Câmaras Temáticas, esperamos a implementação do Conselho Gestor e estamos construindo o Plano de Prevenção, Controle e Promoção de Alternativas Sustentáveis ao desmatamento e queimadas de Rondônia – PPCASDQ 2023-2027, todas essas iniciativas ajudam o Estado a avançar na sustentabilidade’’, ressaltou Letícia Andrade.
Participação ativa
Organizado pela Sedam, o fórum reuniu representantes de diversas secretarias do Governo, dos municípios, povos indígenas; comunidades tradicionais, agricultores familiares; de órgãos ambientais como Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, do Tribunal de Justiça de Rondônia – TJ/RO, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia – OAB/RO, além de Organizações Não Governamentais – ONGs e a sociedade civil.
A presidente da Associação dos Moradores da Resex Rio Preto Jacundá, Denise Viana Borges agradeceu pela oportunidade de contribuir com uma jornada mais sustentável para Rondônia. ‘‘Falamos das nossas preocupações e anseios em relação às mudanças climáticas, e estamos sendo ouvidos ao relatar a realidade vivenciada dentro da Unidade de Conservação’’, conta Denise.
Na Resex, com apoio da Sedam, há projeto de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), onde a preservação é remunerada.
A representante do Corredor Tupi Mondé, Shirlei Arara, também agradeceu o espaço para que os povos indígenas possam contribuir com soluções para mitigação dos impactos climáticos e ambientais. ‘‘É uma honra fazer parte deste Fórum e da Câmara Temática não como ouvinte, mas com uma participação colaborativa, onde os indígenas são reconhecidos como defensores do meio ambiente’’, considerou.