Igrejas das mais diversas – com católico, judeus, protestantes, islâmicos e outras religiões – se uniram para cobrar de todos os candidatos à presidência um compromisso efetivo pela preservação da Amazônia, através de um carta na qual insistem sobre a necessidade de que o desmatamento seja freado, segundo coluna de Jamil Chade no Uol.
O documento foi assinado por Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB), Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Religiões pela Paz Brasil, União Nacional Islâmica (UNI), Federação Espírita Brasileira (FEB), Instituto Nangetu de Tradição Afro, Desenvolvimento Social Comitê Inter-religioso do estado do Pará, Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns, Casa Galiléia, Coalizão Evangélicos pelo Clima, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto de Estudos da Religião (ISER), Instituto Vladimir Herzog, Movimento pela Ética Animal Espírita (MOVE), Nós na Criação, Perifa Sustentável, Rede Cristã de Advocacia Popular (RECAP), Renovar nosso Mundo, Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), TEARFUND e Visão Mundial.
Segundo a reportagem, as entidades defendem uma efetiva retomada e atualização do Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia e a criação de uma uma Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, focando na bioeconomia da floresta, a educação, o desenvolvimento científico, a valorização dos saberes e culturas tradicionais e o estímulo ao empreendedorismo como seus eixos principais.
“Não podemos aceitar que a destruição da floresta e de tudo o que ela representa para nós, seja tratada com indiferença por parte das pessoas que pretendem governar esse vasto território de fundamental importância para o planeta Terra e para toda a humanidade”, diz o documento enviado aos presidenciáveis.
“Ao contrário dos que dizem que o desmatamento é necessário para desenvolver a região, constata-se que a perda da floresta tem sido acompanhada por sofrimento, dor, miséria e desesperança para a maioria da população”, dizem as entidades. “A devastação caminha de braços dados com o aumento da violência, criminalidade e com as violações dos direitos humanos, especialmente contra os povos indígenas e as comunidades locais”, continuam.
Além dos presidenciáveis, o documento também foi enviado aos candidatos aos governos dos estados da Amazônia Legal mais bem posicionados nas últimas pesquisas eleitorais e, segundo Jamil Chade, nos próximos dias, a Carta será enviada também aos candidatos que disputam uma vaga no Senado e na Câmara Federal pelos estados da Amazônia Legal.