As expressões “ridícula” e “absurda” foram utilizadas pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, emitindo opinião sobre a ideia de internacionalização da Amazônia. O político americano foi vice-presidente de Bill Clinton, de 1993 a 2001 e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
As afirmações foram feitas durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O político falou sobre a “crise” na pauta ambiental e para ele, os brasileiros deveriam deixar clara a escolha por políticos comprometidos com o meio ambiente durante as eleições.
“Encorajo todos a se informarem ao máximo sobre a crise climática e sobre a bifurcação na estrada que o Brasil enfrenta agora. E o povo brasileiro deixar claro no processo eleitoral que quer lideranças comprometidas com a solução da crise climática, os benefícios para o Brasil em termos de empregos, de um ambiente mais seguro e limpo e de um futuro mais próspero são muito claros de se ver”, declarou o ex-vice-presidente norte-americano.
Al Gore também falou sobre o encontro que teve com o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o Fórum Econômico Mundial em 2019. Na ocasião, Bolsonaro disse ao norte-americano que deseja “explorar as riquezas” da Amazônia em parceria com os EUA.
Al Gore disse a Bolsonaro que não tem certeza sobre o que ele disse. Segundo o político, as atividades na Amazônia devem ser decididas pela população brasileira. “Eu não acho que isso melhoraria as atividades que ele tem em mente para qualquer empresa nos Estados Unidos participar. Eu acho que essas atividades devem ser decididas pelos brasileiros e espero que levem isso em conta nas próximas eleições”, completou.
Em relação ao discurso do chefe do Executivo sobre urnas eletrônicas, Al Gore afirmou que líderes que tentam diminuir a confiança pública pode ser considerado um “inimigo da democracia”.
“Cuidado com acusações falsas, histórias inventadas e o esforço para criar falsas dúvidas se a democracia funciona. A democracia é a melhor forma de governo em todos os países. Mas as pessoas que amam a autodeterminação e o autogoverno devem estar realmente dispostas a trabalhar duro para protegê-la”, afirmou.