Prefeitura de Rio Branco faz busca ativa às pessoas em situação de rua na capital

Redação Planeta Amazônia

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), iniciou na semana passada, o recadastramento e o atendimento de pessoas em situação de rua. Durante toda a semana, a equipe do Centro de referência para essa população, em conjunto com o serviço de abordagem social, percorreu sete territórios onde ficam essas pessoas além das praças públicas da cidade, para identificar e contabilizar essas pessoas, realizando uma espécie de censo.

O objetivo é conhecer de perto a situação desses moradores que vivem em situação de rua, saber onde vivem, como vivem, para poder desenvolver políticas públicas para esse público.

A busca ativa contou com o acompanhamento do Ministério Público, parceiro essencial neste processo, incluindo a promotoria responsável pelos direitos humanos e cidadania. A iniciativa visa mapear pessoas em situação de rua na cidade, um desafio crescente, tanto em Rio Branco, quanto em outras regiões do Brasil.

Equipes vão em busca de pessoas que vivem em situação de rua na capital acreana/foto: Evandro Derze_Assecom

Estatísticas indicam que 70% das pessoas que vivem na rua enfrentam problemas decorrentes de uma vida adversa e também são usuárias de entorpecentes e outras substâncias químicas. Para essas pessoas família, lugares, dias e horas não têm tanta importância assim, cada um tem sua própria história de vida.

Ana Cleide, de 47 anos, é formada em pedagogia pela Universidade Federal do Acre. Ela disse que mora há cinco anos debaixo de uma ponte. “Só eu tenho esse problema. Meus irmãos, graças a meu bom Deus, são todos lindos, belíssimos, maravilhosos. Minha mãe, uma guerreira, foi pai e mãe pra todos nós. Minha filha, é a filha que todo pai deseja, já tem uma menina que, apesar de ser minha filha, vê a minha situação. Não bebe, não fuma, só estuda, trabalha.”

De acordo com Luysa Faral eles sobrevivem da boa vontade das pessoas e de doações. “A gente procura doação. Tem os vizinhos que ajudam a gente, pedimos marmita, é assim. Fazemos cota entre a gente pra comprar um alimento e eu cozinho”, enfatizou.

Estatísticas indicam que 70% das pessoas que vivem na rua enfrentam problemas decorrentes de uma vida adversa e também são usuárias de entorpecentes e outras substâncias químicas/foto: Evandro Derze_ Assecom

O diretor de Assistência Social da SASDH, Ivan Ferreira, reafirma o compromisso da prefeitura em não poupar esforços para acompanhar e encaminhar e assistir as pessoas em situação de rua, proporcionando-lhes o suporte necessário para melhorar as condições de vida deles.

“O município de Rio Branco tem feito sua parte com o nosso Centro de Referência. Além de todo esse recadastramento, na última segunda-feira a gente iniciou uma sala de aula, do EJA, no Centro POP. A gente está preocupado também com toda a questão educacional, a parte da assistência social. Lembrando que o trabalho é feito em rede. Ele precisa do apoio da assistência social, em especial da saúde, da educação. Então toda a rede, todo o eixo, para que a gente possa tirar o sofrimento das pessoas que estão em situação de rua. A Prefeitura de Rio Branco, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), não têm medido esforços para que a gente possa estar acompanhando e fazendo os encaminhamentos necessários”, destacou Ivan.

By emprezaz

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