Redação Planeta Amazônia
Nesta quinta-feira (31), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou do lançamento do projeto “Eu Digo Não à Corrupção”. O evento, aconteceu no auditório da Universidade Federal do Acre, e é uma iniciativa do Ministério Público do Acre, em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado, e da Secretaria de Educação e Cultura (SEE), tendo como público-alvo os estudantes do Ensino Médio da rede pública.
O projeto é voltado para a conscientização e educação ética de jovens e busca promover a responsabilidade social, abordando a importância de atitudes éticas em benefício da sociedade. O prefeito Tião Bocalom enfatizou os impactos negativos da corrupção, alertando sobre a chamada “Lei de Gerson”, uma expressão utilizada a partir da ideia de “levar vantagem em tudo”, e refletiu, ainda, sobre os prejuízos culturais e financeiros que essa prática corrupta causa.
“O tema da corrupção é um tema que deve estar nas nossas vidas diariamente. Porque a oportunidade de se corromper, normalmente, na vida, tanto na pública como na privada, sempre aparece. E uma coisa que, no Brasil, pra mim, criou-se, virou uma lei, é a famosa Lei de Gerson. Gostar de levar vantagem em tudo. Isso, pra mim, acho que foi muito ruim para o Brasil depois dos anos 70, quando o Gerson apresentava a propaganda de um cigarro, onde ele fumava o cigarro e dizia, eu gosto de levar vantagem em tudo. Essa história de levar vantagem em tudo significa corrupção, então, não é normal isso, não é bom isso”, ressaltou.
Em sua fala, o Procurador Geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro, ressaltou a relevância de formar uma geração comprometida com os valores éticos. “É voltado especialmente para esse público jovem que está em uma fase de formação. Falar não à corrupção, em outras palavras, é simplesmente ter um comportamento ético em sociedade. Então é isso que nós estamos aqui para estimular numa conversa bem informal com os jovens que estão cursando ainda o ensino médio e estimular esse comportamento, que é um comportamento em benefício da sociedade”, disse.
O chefe do Executivo Municipal destacou, também, como o desvio de recursos públicos afeta diretamente na qualidade de vida da população, passando desde a ausência de medicamentos e alimentos nas escolas até a falta de investimentos em infraestrutura.
“O desvio de um dinheiro público pode ser a vida de uma criança. O desvio do dinheiro público pode ser a falta de medicamentos, pode ser a falta de alimentação nas escolas, pode ser os investimentos necessários em tecnologia para que as nossas crianças possam aprender mais, pode ser a recuperação do ramal onde o produtor está lá abandonado e não consegue nem produzir. Então, com o desvio do dinheiro público acontece tudo isso”, acrescentou.