Redação Planeta Amazônia
Com foco na conservação da biodiversidade, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) iniciou uma série de ações para proteger as tartarugas marinhas durante o período reprodutivo na Praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste do Pará. Conhecida como Ponta da Sofia, a área é considerada o principal ponto de desova da espécie no município.
Para garantir a integridade dos ninhos, foi interditado um trecho de 3 quilômetros da faixa de areia, seguindo recomendação do Ministério Público do Pará (MPPA), acatada pelo Tribunal de Justiça do Estado. O bloqueio veda a circulação de veículos motorizados, mas mantém livre o acesso de pedestres e banhistas, desde que respeitadas as delimitações.

Medidas de preservação incluem placas, estacas e bandeiras
Desde julho, equipes do Ideflor-Bio estão recompensando estacas removidas por vandalismo ou danos naturais, além de instalar novas placas informativas com orientações aos visitantes. A sinalização demarca os limites da área protegida e reforça a importância da preservação ambiental. Bandeiras também foram adicionadas para ampliar a visibilidade das proibições.
“A presença dessas barreiras físicas é essencial para evitar que veículos atinjam os ninhos. Sem elas, há risco real de destruição dos ovos e dos filhotes recém-nascidos”, destacou Ellivelton Carvalho, diretor de Gestão de Unidades de Conservação.

Habitat fundamental para cinco espécies de tartarugas
A Praia do Atalaia abriga importantes sítios de reprodução de cinco espécies de tartarugas marinhas. Segundo o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a recomposição da sinalização representa um avanço no compromisso de preservar os ecossistemas costeiros da região. “É nosso dever garantir que as futuras gerações possam continuar a conviver com essa rica biodiversidade”, afirmou.
Durante o mês de julho, o Instituto realiza ações educativas com turistas e moradores, incentivando o envolvimento direto na preservação da área. “Todos têm um papel a cumprir. Queremos que o visitante sinta que está contribuindo para proteger essa Unidade de Conservação”, reforçou Carvalho.

Além de proteger a fauna marinha, a iniciativa contribui para o ordenamento da praia, promovendo um turismo mais seguro e sustentável. As áreas demarcadas equilibram a conservação ambiental com o lazer dos frequentadores, criando uma convivência harmoniosa entre natureza e sociedade.