Redação Planeta Amazônia
Manaus será o epicentro de debates socioambientais na edição do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa. Com expectativa de reunir mais de 1,6 mil participantes de diferentes segmentos — governos, universidades, movimentos sociais e comunidades tradicionais — o evento acontece entre os dias 21 e 25 de julho e se alinha à agenda preparatória da COP30.
Com o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”, o congresso apresentará painéis temáticos, oficinas, visitas a comunidades amazônicas, lançamentos de livros e atrações culturais voltadas à sociobiodiversidade.
Segundo a professora Marília Torales, coordenadora geral e docente da Universidade Federal do Paraná, o propósito é criar experiências transformadoras que conectem saberes ancestrais à inovação pedagógica.

Entre os destaques estão a participação da ministra Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, nas sessões de abertura (21/07 e 22/07), e o encerramento com Carlos Taibo, pensador espanhol conhecido por suas reflexões sobre decrescimento e democracia radical.
Diversidade territorial e construção da Carta de Manaus
Mais do que um encontro acadêmico, o congresso promove articulações políticas e educativas entre os países lusófonos. Quinze eventos integrados antecedem a programação oficial, incluindo oficinas, minicursos e espaços para troca de metodologias e saberes.
Toda a programação será organizada em torno de cinco eixos temáticos que irão compor a Carta de Manaus, documento político-pedagógico a ser construído coletivamente durante o evento. A iniciativa é da RedeLuso, em parceria com instituições federais, estaduais e organizações da sociedade civil.