Redação Planeta Amazônia
A Praia do Atalaia foi palco, no último fim de semana (19 e 20 de julho), de mais uma série de ações de educação ambiental voltadas à proteção de tartarugas marinhas. A iniciativa é promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), com foco na sensibilização de veranistas e moradores do nordeste paraense.
As atividades ocorrem na área conhecida como Ponta da Sofia, próximo à barreira física que restringe a circulação de veículos motorizados, medida determinada pelo Ministério Público do Pará e ratificada pelo Tribunal de Justiça do Estado. O objetivo é proteger uma das regiões com maior índice de desova de tartarugas marinhas no litoral paraense, onde atualmente são monitorados cerca de 130 ovos em um berçário protegido 24 horas.

Conscientização desde a infância
A programação incluiu oficinas e rodas de conversa, além da distribuição de materiais lúdicos para o público infantil, como cartilhas educativas, jogos interativos e desenhos para colorir. Famílias receberam kits sustentáveis com ecobags, copos reutilizáveis e viseiras, reforçando a mensagem de preservação do ecossistema costeiro.
“A presença das crianças nesse espaço fortalece a educação ambiental como ferramenta transformadora. Quem entende, cuida,” afirmou a bióloga Lorena Lisboa, responsável pelo acompanhamento das atividades.

Ambiente seguro e educativo
O estande instalado ao lado da barreira tornou-se ponto de encontro entre técnicos e visitantes, aproximando o público do ciclo de vida das tartarugas — da desova ao nascimento dos filhotes. Professores, turistas e moradores participaram das ações e destacaram a importância do contato direto com a natureza.
“Minha filha ficou encantada ao saber que as tartarugas vêm aqui para pôr seus ovos. Essa vivência é essencial para que as novas gerações valorizem a biodiversidade,” disse a professora Camila Rocha.

Proteção aliada à educação
O diretor de Gestão e Monitoramento do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, celebrou a integração entre fiscalização e ações educativas, que têm contribuído para reduzir impactos ambientais. “Queremos manter esse território como refúgio seguro para as espécies marinhas. A educação é o caminho para envolver a sociedade nesse processo de proteção,” destacou.
Durante o mês de julho, com o aumento do fluxo turístico, o trabalho ganha reforço. A expectativa é sensibilizar centenas de pessoas sobre a importância de respeitar as áreas protegidas. O projeto é parte da missão institucional do Ideflor-Bio de promover o uso sustentável dos recursos naturais e valorizar as Unidades de Conservação no estado.
Para o presidente do órgão, Nilson Pinto, a Praia do Atalaia — um dos destinos mais visitados do Pará — exige equilíbrio entre lazer e conservação. “A proteção das tartarugas é uma prioridade, e a educação ambiental é a ferramenta mais poderosa para garantir seu futuro,” concluiu.