Audiência Pública discute efeitos climáticos e impactos sobre o Rio Acre

Redação Planeta Amazônia

A audiência pública foi aberta pelo autor do requerimento que deu origem à discussão, o deputado Eduardo Ribeiro (PSD). O encontro reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil no plenário do Poder Legislativo.

Eduardo Ribeiro destacou a relevância do debate sobre o tema e falou sobre os efeitos das mudanças climáticas no estado. “O Acre já enfrenta hoje uma questão climática, uma seca que preocupa toda a população. Esse é um tema de grande relevância, e precisamos tratar com seriedade e profundidade para buscar soluções”, afirmou o deputado.

foto: Sérgio Vale

Um dos participantes é reconhecido pelo ativismo em defesa do Rio Acre, o geógrafo e professor Claudemir Mesquita. Ele apresentou um panorama sobre a situação do rio e afirmou que as medidas oficiais não têm sido suficientes para preservar rios e nascentes e alertou que a ausência de mata ciliar ao longo de centenas de igarapés é um dos fatores que agravam as secas e cheias do Rio Acre.

O especialista também apontou os malefícios ocasionados pela falta de educação ambiental e a ocupação desordenada das margens dos rios, ações que aceleram ainda mais os impactos das mudanças climáticas sobre o meio ambiente.

“Já passou da hora de arregaçar as mangas. Temos na mão o poder de legislar, sensibilizar e educar as comunidades para usar sustentavelmente os recursos naturais. Se nada for feito, vou acreditar que os poderes e os gestores vivem ao lado dos ricos, achando que não existem dias sombrios para os rios”, afirmou.

O coordenador da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, Tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, destacou que a atuação do órgão deve se basear em cinco pilares: prevenção, preparação, mitigação, socorro e restabelecimento, mas lamentou que, no Brasil, a maioria das 5.700 Defesas Civis municipais atue apenas nas etapas finais, deixando de lado ações preventivas. Ele frisou que a Defesa Civil da capital, criada por lei em 2012, ainda é recente, e que as secas e estiagens, além de afetarem 100% da população, geram prejuízos econômicos muito maiores que as inundações, embora estas últimas causem mais mortes.

foto: Sérgio Vale

Já o diretor de Meio Ambiente da Sema, Erisson Cameli Santiago, destacou que a preocupação do órgão não se limita apenas ao Rio Acre, mas a todas as bacias hidrográficas do estado. Ele lembrou que a secretaria enfrenta limitações de recursos e pessoal, mas tem buscado desenvolver ações importantes dentro da Divisão de Recursos Hídricos.

Nas considerações finais, o deputado Eduardo Ribeiro elogiou a atuação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e reforçou o compromisso de seu mandato em sensibilizar a Aleac e o Governo do Estado sobre a urgência de implementar o Plano Estadual de Recursos Hídricos. Segundo ele, a medida já dispõe de mais de R$ 2 milhões captados, enquanto o custo estimado é de aproximadamente R$ 900 mil.

By emprezaz

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