Redação Planeta Amazônia
O Governo do Tocantins participou, nessa quarta-feira (27), da 2ª edição do projeto Defensorias do Araguaia, realizado na Aldeia Fontoura, localizada na Ilha do Bananal, em Lagoa da Confusão. A iniciativa, desenvolvida em parceria com as Defensorias Públicas de Tocantins, Goiás e Mato Grosso, tem como objetivo levar serviços essenciais às comunidades indígenas da região.
A ação contou com a presença da primeira-dama e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, que destacou o compromisso da gestão com a inclusão. “Temos como missão cuidar das pessoas que mais precisam, especialmente em comunidades distantes como as indígenas, quebradeiras de coco e ribeirinhos”, afirmou.
Entre os serviços oferecidos pela Secretaria Extraordinária de Participações Sociais (Seps) estiveram o programa Por Todas as Marias, voltado à conscientização sobre violência contra a mulher, e o Tocantins Alimenta Quem Precisa, com entrega de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade.

O secretário dos Povos Originários e Tradicionais, Paulo Waikarnãse Xerente, ressaltou a importância da atuação conjunta. “A aldeia tem acesso difícil, e essa parceria facilita a chegada de serviços e fortalece as políticas públicas voltadas à valorização da cultura indígena”, disse.
A Defensoria Pública do Tocantins também ampliou sua atuação com emissão de documentos, orientação jurídica e ações de cidadania. “Essa integração institucional reforça o compromisso com um estado mais justo e igualitário”, destacou o defensor público-geral Pedro Alexandre Aires Gonçalves.
O cacique Waxio Karajá agradeceu pela presença das equipes. “Essa ação facilita muito a vida da comunidade, principalmente com a emissão de documentos, algo essencial para todos nós”, afirmou.

Serviços oferecidos pelo Governo do Tocantins
- Emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) pela SSP/TO
- Entrega de materiais esportivos pela Seju
- Apoio educacional com professores bilíngues e equipe operacional pela Seduc
- Palestras e encaminhamentos sobre prevenção ao uso de drogas pela Seciju
- Minicursos de corte de cabelo e penteados pelo projeto Mãos que Criam da Setas
- Diálogo comunitário e representatividade assegurada pela Sepot e Seir

Moradores da aldeia também relataram os benefícios da iniciativa. Ana Paula Manakiru conseguiu emitir a segunda via da certidão de nascimento e destacou a praticidade do atendimento. Já Karvreru Karajá celebrou a emissão da carteira de identidade sem precisar se deslocar até a cidade.
Na edição de 2024, o projeto realizou cerca de 1.100 atendimentos na Ilha do Bananal, sendo 440 apenas na Aldeia Fontoura. A edição de 2025 teve início na Aldeia São Domingos (MT) e será encerrada nesta sexta-feira (29) nas aldeias Bdè-Burè e Buridina, em Goiás.
A coordenadora do Núcleo de Questões Étnicas da Defensoria Pública, Letícia Amorim, reforçou a importância da presença institucional no território. “Estar na aldeia é estar próximo da comunidade e de suas reais necessidades”, concluiu.