Redação Planeta Amazônia
Um levantamento nacional revela que o nível de escolaridade tem impacto direto na forma como os brasileiros percebem os efeitos das mudanças climáticas. A pesquisa “Hábitos Sustentáveis & Percepções sobre o Plástico”, realizada pela Nexus a pedido do Sindiplast, mostra que quanto maior a instrução, maior a percepção de risco ambiental.
Entre os entrevistados com ensino fundamental, 23% apontam as mudanças climáticas como a principal ameaça ao meio ambiente. O número sobe para 35% entre quem concluiu o ensino médio e chega a 42% entre pessoas com ensino superior. Para os pesquisadores, os dados reforçam a relação entre educação, acesso à informação e compreensão dos efeitos globais do clima.
O estudo ouviu 2.009 brasileiros de 16 anos ou mais em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Plástico lidera separação para reciclagem no Brasil
O levantamento também indica que o plástico é o material mais separado para reciclagem no país. Entre os entrevistados que afirmam separar resíduos em casa, 90% mencionam o plástico. Em seguida aparecem alumínio (73%), papel e papelão (68%) e vidro (68%).
Mesmo assim, a pesquisa aponta que a falta de coleta seletiva é o maior obstáculo para ampliar a reciclagem de embalagens plásticas, citada por 35% dos participantes. Outros 29% mencionam falta de hábito, esquecimento ou ausência de informação adequada.
Para o diretor-superintendente do Sindiplast, Paulo Teixeira, apesar de o plástico ser altamente reciclável e ter baixo consumo de água e baixa pegada de carbono, ainda enfrenta desafios estruturais: “Seu reaproveitamento em larga escala no Brasil depende da superação dessas barreiras”.
