Redação Planeta Amazônia
Representantes de Rondônia, Acre e Maranhão demonstraram interesse nas experiências apresentadas pelo Governo de Mato Grosso sobre políticas públicas integradas para a agricultura familiar. O tema foi discutido durante a Conferência das Partes (COP), em Belém, onde o coordenador ambiental e fundiário da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), Glieber Henriques Beliene, detalhou iniciativas que conectam secretarias estaduais e os poderes Legislativo e Judiciário.
Segundo Glieber, outros estados da Amazônia Legal ainda enfrentam dificuldades pela falta de centralização nas ações voltadas ao setor. Para ele, Mato Grosso reúne soluções consolidadas que podem ser replicadas regionalmente. O modelo integrado envolve o projeto MT Produtivo, que reúne ações da Empaer, Intermat, Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Corregedoria de Justiça, com foco em extensão rural, regularização fundiária e ambiental.

Durante debates na green zone da COP, Glieber destacou que Mato Grosso avançou na gestão ambiental e fundiária para pequenos produtores. O interesse inicial dos representantes de Rondônia, Acre e Maranhão era visitar a Seaf, mas o diálogo evoluiu para a construção de uma agenda conjunta no âmbito do Consórcio da Amazônia Legal.
O representante participou de três painéis que trataram de agricultura familiar, produção de baixo carbono, inclusão produtiva na agricultura amazônica e soluções legais para produtores rurais. Ele apresentou resultados e perspectivas de políticas públicas que fortalecem a produção sustentável, reforçando o papel estratégico da agricultura familiar na agenda climática.
Entre os projetos destacados estão o MT Produtivo, desenvolvido em parceria com o Banco Mundial; o Programa REDD Early Movers (REM), apoiado por Alemanha e Reino Unido; o Floresta + Amazônia, executado pela Seaf; e o Fundo de Apoio à Agricultura Familiar (Fundaaf). Nesta primeira fase, o Fundaaf concede até R$ 6 mil a mais de 3,5 mil famílias, totalizando R$ 21,4 milhões. A segunda etapa prevê empréstimos com juros reduzidos entre R$ 50 mil e R$ 150 mil para agricultores de pequena escala e agroindústrias.

