Redação Planeta Amazônia
O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) promoveu, entre os dias 25 e 27, mais uma edição da Feira de Empreendedores, iniciativa organizada pelo setor de Arte e Cultura. O evento ocorreu no hall do bloco C, em Belém, e ganhou significado especial por acontecer no mês da Consciência Negra, reforçando identidade, diversidade e combate ao racismo.
A programação reuniu usuários, acompanhantes e colaboradores, com estandes de artesanato, acessórios, produtos sustentáveis e apresentações artísticas. Um dos destaques desta edição foi o serviço de tranças, que atraiu grande público e abriu espaço para diálogos sobre ancestralidade, estética afro e autoestima.

A supervisora do setor de Arte e Cultura, Denise Morais, afirmou que realizar a feira no mês da Consciência Negra ampliou o propósito da ação. Segundo ela, o evento valoriza talentos dentro do CIIR e fortalece vínculos, ao mesmo tempo em que evidencia a importância da representatividade.
Entre os expositores, o estande “Paty Tranças” chamou atenção com técnicas como box braids e nangôs. A trancista Patricia Assunção, 49 anos, que aprendeu o ofício ainda na infância com a mãe, destacou que a trança carrega tradição, identidade e autoestima. Para ela, o trabalho dá visibilidade ao conhecimento ancestral que ainda carece de maior reconhecimento.

A técnica de enfermagem Marilene Araujo, 39 anos, aproveitou o intervalo de atendimento do neto para experimentar o serviço. Ela destacou a importância da iniciativa como forma de valorização da cultura negra e incentivo à expressão estética dentro do CIIR.
A feira reforçou o compromisso da instituição com a inclusão social, a diversidade e a circulação de saberes que promovem respeito e fortalecem vínculos.

O CIIR é referência estadual na assistência de média e alta complexidade a pessoas com deficiência visual, física, auditiva e intelectual. O acesso ocorre via encaminhamento pelas unidades de saúde municipais e posterior avaliação pelo Sistema de Regulação Estadual.

