Redação Planeta Amazônia
O Governo de Roraima inicia, na próxima terça-feira, 9, uma força-tarefa para reduzir a presença da mosca-da-carambola em Boa Vista. A ação é coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Defesa Civil municipal.
A mobilização ocorre após o Estado receber autorização para liberar novas áreas de produção livres da praga. Apesar do avanço no controle, técnicos identificaram aumento da população da mosca em alguns bairros da capital, o que eleva o risco de dispersão para regiões ainda não afetadas.
As equipes começarão a instalar armadilhas nos bairros Cambará, Asa Branca, Equatorial, Caimbé e Silvio Botelho, com o objetivo de reduzir a infestação e impedir que a praga avance para outras áreas.

O diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill, reforçou a importância da colaboração da população durante a operação. Ele explicou que os profissionais estarão identificados e farão a coleta de frutos caídos ou que não serão consumidos pelos moradores em plantas hospedeiras da praga, onde podem estar ovos e larvas. Também destacou que o acesso aos quintais é essencial para a instalação das armadilhas e aplicação das iscas atrativas.
Além das armadilhas, os técnicos farão aplicação de iscas em pontos estratégicos e manterão monitoramento contínuo para avaliar o comportamento da infestação. A operação começará pelos cinco bairros selecionados, com possibilidade de ser ampliada para outras áreas de Boa Vista.
A mosca-da-carambola é considerada uma praga quarentenária e está presente em apenas três Estados brasileiros, incluindo Roraima. Ela ataca diversas frutas e pode inviabilizar a produção, motivo pelo qual seu controle é realizado oficialmente pela Aderr e pelo Mapa. O monitoramento utiliza armadilhas Jackson e McPhail com atrativos específicos, além de dispositivos feitos com garrafas PET e fitas adesivas amarelas em locais com maior ocorrência da praga. As armadilhas são instaladas em árvores hospedeiras e não devem ser manipuladas pela população, já que a inspeção é de responsabilidade dos técnicos.

O controle envolve ainda pulverização de árvores hospedeiras, coleta de frutos e armazenamento em sacos plásticos por sete dias antes do descarte, além de enterro adequado em aterros sanitários ou valas destinadas exclusivamente a esse fim, o que impede novas proliferações.
As autoridades reforçam que a população deve evitar o transporte irregular de vegetais vindos de outros Estados ou de regiões de Roraima, medida considerada fundamental para proteger a produção local e nacional de frutas.

