Redação Planeta Amazônia
Em um mundo onde cada vez mais são discutidas alternativas sustentáveis que garantam mais harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente, saber como reaproveitar produtos recicláveis como é o caso do vidro, faz muita diferença. Mas, a reciclagem do vidro é cercada por alguns boatos.
O vidro é um material composto por areia, barrilha, óxido de minerais e calcário, e está presente na vida das pessoas mais do que se pode imaginar. Garrafas, aparelhos domésticos, frascos de remédios, copos, perfumes, entre outros.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, reciclagem é um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados, reintroduzindo-os no ciclo produtivo. O uso do vidro reciclado traz grandes benefícios ambientais “Para cada 1kg de vidro reaproveitado se produz 1kg de vidro novo. E a cada 10% de caco utilizado na produção, pode-se reduzir 5% de CO2 e 2,5% a menos de consumo de energia no processo de fabricação” comenta Juliana Schunck, CEO da Massfix, empresa que atua na reciclagem de cacos de vidros planos, vidros laminados e vidros de embalagens.
Vamos enumerar 8 mitos em torno do processo de reciclagem do vidro:
- 1.O vidro pode ser reciclado apenas uma vez
- Mito: O vidro é um material 100% reciclável e não há perda dele durante o processo, e pode ser reciclado infinitas vezes sem perder sua qualidade. Um material de vidro reciclado possui as mesmas qualidades que um fabricado com matérias-primas virgens.
- 2. É preciso lavar o vidro antes de destinar para a reciclagem
- Mito: Lavar o material antes do descarte não traz benefícios no processo de reciclagem, gera mais esgoto e aumenta o consumo de água.
- 3.O vidro é biodegradável e não polui o meio ambiente
- Mito: Os vidros não são biodegradáveis e permanecem na natureza por cerca de dez mil anos. Pela característica inerte do vidro, ele não libera resíduos contaminantes no solo ou nos lençóis freáticos, pois não reage com os componentes presentes, porém, o descarte desses materiais em locais inapropriados pode ser muito prejudicial ao meio ambiente por aumentar o volume de resíduos nos aterros sanitários. Dessa maneira, a reciclagem é o melhor a se fazer com esse material.
- 4. Porcelana e cerâmica podem ser descartados juntamente com o vidro
- Mito: Porcelanas, louças, cerâmicas e similares não podem ser descartados com o vidro, já que esses materiais contaminam o vidro, pois não derretem, geram perdas de cacos e prejudicam a reciclagem. Estes tipos de materiais não devem ser incluídos nos recicláveis comuns.
- 5. É necessário tirar os rótulos dos vidros antes de destinar para a reciclagem
- Mito: Não é necessário tirar os rótulos dos vidros em casa, o rótulo é um material orgânico que pode ser absorvido no processo de fabricação de um novo vidro em quantidades controladas. A separação de tampas da embalagem, como metal e plástico, também pode se dar em um centro de reciclagem de forma mecanizada.
- 6. É necessário separar o vidro por cor na hora de reciclar
- Mito: Não é necessário separar os vidros por cor, centros de reciclagem de vidros podem fazer isso de forma automática, através de separadores óticos.
- 7. É possível juntar vidro e plástico na hora de reciclar
- Mito: O recomendado é colocar todos os vidros em um único saco, separado dos demais materiais recicláveis. No caso de vidros quebrados, devemos embrulhá-los em uma caixa de papelão ou em um papel mais grosso para diminuir o risco de ferir os catadores da coleta seletiva e a perda de cacos de vidro para reciclagem ou levar em um PEV (ponto de entrega voluntário) específico para vidros.
- 8. Todo tipo de vidro é reciclável
- Mito: Vidros planos, seja temperado, laminado ou espelho são 100 % recicláveis, assim como vidros de embalagens. Outros tipos de vidros dependem de processos e destinações finais especiais. Vidros específicos, como vidros resistentes a calor, vidros refratários ou vidros com chumbo não podem retornar a fabricação de um novo vidro e devem ser coletados separadamente para uma destinação final específica. Vidros de medicamentos devem ser destinados a logística reversa de medicamentos, já que apesar de recicláveis, possuem resíduos químicos.