Redação Planeta Amazônia
O corpo do cantor, compositor e multi-instrumentista, João Donato, que faleceu na madrugada dessa segunda-feira,17, aos 88 anos, vítima de uma pneumonia, será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Segundo informações da Agência Brasil, o corpo do artista será cremado no Memorial do Carmo.
Donato nasceu no dia 17 de agosto de 1934, em Rio Branco, no Acre, e 11 anos depois se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Seu talento para a música surgiu já na infância e há quem diga que por influência do pai, que tocava bandolim, e da mãe, que cantava.
João Donato despontou no cenário musical brasileiro e internacional e é apontado como um dos precursores da Bossa Nova. Fã confesso de jazz, Donato conseguiu, ao longo da carreira, dar uma roupagem eclética e, ao mesmo tempo, simples à sua obra, com uma fusão de ritmos e influências diferenciadas. Teve como parceiros na arte, nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Dorival Caymmi, só para citar os compositores nacionais.
O legado deixado por João Donato também faz parte da história de sua terra natal. Em 2006, o Estado do Acre homenageou o artista com a inauguração da Usina de Arte, em Rio Branco, que ganhou o nome do músico. O espaço é referência para a cultura local e importante polo de formação artística.
Apesar de ter ido embora do Acre ainda muito jovem, Donato jamais esqueceu suas origens e afirmava que a base da sua musicalidade era a floresta. A última vez que visitou o estado foi em 2013, quando celebrou 80 anos de vida e apresentou, na capital, o show Donato e a Bossa que Vem do Acre. Na época, também foi um dos convidados do Festival Yawa, em Tarauacá, no interior do estado.