Redação Planeta Amazônia
Com o tema “Vetores para o Desenvolvimento da Amazônia”, começou nessa segunda-feira (4), em Manaus, a edição 2024 da ExpoAmazônia Bio & TIC. O evento conta mais uma vez com a participação da Suframa e é utilizado pela Autarquia para que sejam divulgadas as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), desenvolvidas nos estados que integram a Amazônia Ocidental, além do Amapá.
Durante o primeiro ciclo de debates, realizado na sala de número 2 do Salão Nobre do Studio 5 Shopping e Convenções, o superintendente-adjunto Executivo, Luiz Frederico Aguiar, participou do painel sobre a construção de um Observatório de Tecnologias Verdes, como parte do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a Suframa e o Instituto Federal do Amazonas (Ifam). A iniciativa é coordenada pelo INPI e tem a participação de servidores das três instituições.
O objetivo do Observatório é congregar e disponibilizar dados obtidos por meio de estudos de prospecção tecnológica relacionados a tecnologias ambientalmente sustentáveis e relevantes para o desenvolvimento da bioeconomia nacional. Deste modo, são apresentadas informações estratégicas com as finalidades de subsidiar a elaboração de políticas públicas; auxiliar na avaliação setorial dos resultados da política industrial; e permitir melhor utilização dos recursos de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.
Na explanação, Frederico Aguiar destacou que a criação do Observatório representa um marco importante para que seja criada uma “cultura da propriedade intelectual” na região.
“O Observatório de Tecnologias Verdes vai ser um instrumento em que se vai poder visualizar, com facilidade, se estamos evoluindo ou para que lado nós estamos indo. Também será um avaliador de toda a política pública no investimento com a Lei de Informática na Amazônia Ocidental e Amapá”, sugeriu.
De acordo com Frederico, o desafio agora é desenvolver a região, a partir da diversificação dos vetores, que, segundo ele, estão quase todos concentrados na matriz indústria.
“Precisamos estimular os outros vetores: pesquisa, desenvolvimento e inovação. Acreditamos que os bioinsumos da Amazônia serão parte dessa diversificação, esse ganho. E a gente precisa gerar emprego, riqueza, renda, a partir dos nossos insumos, e o ecossistema de inovação tem se estruturado para isso”, frisou o superintendente-adjunto.
Além de Frederico Aguiar, compuseram o painel o presidente do INPI, Júlio César Moreira; o coordenador de Finanças Verdes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), jornalista Márcio Gallo, que é servidor da Suframa e está cedido para a instituição em Brasília; e o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do Ifam, Paulo Henrique Rocha Aride.
O titular do INPI ressaltou a importância do ACT com a Suframa em meio a observações do tipo que, para se fortalecer no mercado brasileiro, uma startup leva pelo menos cinco anos atrás de financiamento, de investiduras, para que efetivamente consiga colocar seu negócio no mercado. Ele também revelou que o Instituto está redirecionando o seu posicionamento regional e estará presente também no norte do País.
“Nós não estamos presentes na Região Norte. Então, nós teremos um INPI aqui no norte, mais efetivamente em Manaus, e a gente já está vendo como isso irá se dar”, disse.
Bioeconomia
Outro representante da Suframa a participar do primeiro dia de evento da ExpoAmazônia Bio&Tic 2024, o superintendente-adjuntos de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Waldenir Vieira, teve como uma das pautas o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBIO), que foi idealizado pela Suframa e é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), com o intuito de captar recursos de investimentos obrigatórios em PD&I para geração de novos produtos, serviços e negócios para a Bioeconomia Amazônica.
Waldenir fez uma breve avaliação de desempenho do PPBIO citando pontos como: captação de R$ 127 milhões para o financiamento de projetos de PD&I) voltados à área de bioeconomia; financiamento de 54 projetos executados por diversos atores, dos quais 14 ocorreram fora da Região Metropolitana de Manaus; realização de oito projetos específicos de capacitação, tendo 416 profissionais capacitados e a contribuição direta na introdução de 62 processos produtos e serviços inovadores em bioeconomia, entre outros.
“Temos também a valorização dos produtos da região Amazônica. Essa iniciativa tem o potencial de agregar valor, gerar renda para as comunidades locais e contribuir para o desenvolvimento de bionegócios na região”, destacou Vieira, acompanhados de servidores da Coordenação-Geral de Desenvolvimento Regional (CGDER).
Evento
A ExpoAmazônia Bio&TIC é uma realização do Polo Digital de Manaus (APDM) e instituições parceiras. O objetivo do encontro é fomentar os vetores econômicos da bioeconomia e tecnologia da informação e comunicação, a fim de que eles contribuam com o desenvolvimento tecnológico da região, por meio do impacto socioeconômico positivo na vida dos povos que vivem nessas localidades.
A programação prevê a realização de palestras, painéis, exposições de empresas, institutos de ciência e tecnologia, universidades públicas, startups e ambientes de empreendedorismo e inovação.