Redação Planeta Amazônia
Com o objetivo de ampliar a mobilidade aérea entre Acre, estados vizinhos e demais regiões do Brasil, a secretária de Assuntos Federativos em exercício do governo do Acre, Rosângela Bardales, esteve reunida, na tarde desta quarta-feira,24, no Senado Federal, em Brasília, com representantes da empresa Azul Linhas Aéreas, o senador Alan Rick e deputados da bancada do Acre. O pedido foi para que a Azul volte a operar no estado, nas linhas de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, com acesso para as outras regiões do país.
“O governador Gladson Cameli está muito empenhado em resolver o problema de acesso ao transporte aéreo no Acre e fará tudo o que estiver ao seu alcance para levar a Azul para o estado e garantir mais opções de voos para a população”, disse Rosângela Bardales, destacando que a medida também visa reduzir os altos preços das passagens aéreas no Acre. A secretária também agradeceu o empenho dos parlamentares acreanos na questão.
O encontro foi organizado pelo coordenador da bancada federal do Acre, senador Alan Rick, e contou com a participação de diversos deputados, além do governo do Acre. Na reunião, eles explicaram os problemas de transporte aéreo enfrentados no Acre, como a falta de voos diurnos.
Eles também citaram os altos preços das passagens aéreas praticados pela Gol, que é a única empresa que opera no estado, mesmo com a isenção do ICMS sobre o valor do combustível – 25% do total – que é oferecida pelo governo. Além do fato de que o clima adverso do Acre por vezes acarreta a falta de voos por até dois dias no estado.
“Os passageiros reclamam o fato de que os preços são inacessíveis, além do voo de Rio Branco sair por volta das 2 horas da madrugada, chegando aos destinos finais apenas pela manhã, um fator que desestimula o turismo no estado e novos parceiros comerciais”, disse o senador Alan Rick. Ele lembrou também o problema que a falta de voos e demais questões envolvidas acarretam para as pessoas que precisam de atendimento médico em outras cidades.
Os participantes também explicaram que é grande a demanda por transporte aéreo no estado, onde os voos saem sempre lotados, o que significa mercado para empresas como a Azul.
Análise
O diretor de relações institucionais da Azul, Fábio Campos, disse que a empresa irá analisar o pedido e que a decisão deverá ser construída com diálogo. Ele explicou que a meta da empresa é ligar o país de Norte a Sul, mas que o Acre ainda não está incluído, porque há necessidades relativas aos arcabouços fiscal e jurídico.
Ele falou sobre dificuldades operacionais que as empresas aéreas atravessam, inclusive relativas aos preços dos combustíveis, mas abriu a possibilidade de análise da questão do Acre. “Estamos aqui para resolver essa demanda, mas precisamos construir, com muito diálogo, uma solução positiva para todos”, afirmou.