Redação Planeta Amazônia
O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Pedro Longo (PDT), reafirmou, nessa terça-feira (28), o compromisso do Parlamento com a valorização dos servidores públicos estaduais. Durante a sessão antes da reunião das comissões, Longo destacou a união dos parlamentares em torno das pautas da categoria e anunciou que a Casa abriria espaço para representantes sindicais apresentarem suas reivindicações.
“Em gesto de consideração e respeito pelos nossos amigos servidores públicos, vamos atender à sugestão do deputado Edvaldo Magalhães. Aqui nesta Casa, todos nós estamos unidos defendendo as pautas dos servidores, o aumento do auxílio-alimentação e o reajuste salarial”, afirmou o parlamentar. Ele garantiu ainda que qualquer proposta voltada à melhoria das condições dos trabalhadores terá tramitação imediata no Legislativo.

O deputado convidou dois representantes da Frente Sindical para se pronunciarem em plenário. O primeiro foi Gerliano Nunes, do Sindicato dos Gestores de Políticas Públicas (Sintegesp), que falou em nome das 23 entidades que representam cerca de 40 mil servidores estaduais. Nunes defendeu reajustes salariais, majoração do auxílio-alimentação para R$ 1 mil e criação de um auxílio-saúde que inclua servidores inativos.
Segundo ele, as categorias aguardam há mais de cem dias uma resposta do governo, mesmo após reuniões realizadas em junho. “As receitas do Estado continuam crescendo. Só entre janeiro e setembro deste ano, o Acre arrecadou cerca de R$ 800 milhões a mais do que no mesmo período de 2024. O que está faltando não é recurso, é vontade política e gestão financeira eficiente”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Especialistas Executivos do Estado, Fábio Macedo, também se pronunciou e criticou o que chamou de tentativa de desmobilização do movimento. “Ontem, o governo criou um café da manhã para os servidores e espalhou que nossa manifestação havia sido cancelada. Isso é uma afronta à democracia e ao direito de livre manifestação”, disse.
Macedo também questionou a criação de novos cargos de alto escalão, com salários de até R$ 30 mil. “Enquanto pedimos reajuste e melhores condições de trabalho, o governo cria cargos que poderiam garantir o auxílio-alimentação de dezenas de famílias. Há servidores ganhando R$ 90 mil, R$ 110 mil, e outros com aumento de apenas R$ 25. Isso é vergonhoso”, afirmou.
Os debates na Aleac reforçaram o clima de mobilização das categorias em defesa de valorização e melhores condições salariais para o funcionalismo público acreano.

