O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que houve uma redução de 6% no número de homicídios em nível nacional em 2012. Porém, na Região Norte, o percentual cresceu. Segundo o Anuário, o aumento na região foi de 9%, na comparação com 2020.
Os números divulgados pelo Anuário compõem as chamadas mortes violentas intencionais, ou seja, os homicídios, os latrocínios, as lesões corporais seguidas de morte e as mortes cometidas pela polícia. A taxa de letalidade na Região Amazônica é 38% maior que a média nacional. Das 30 cidades que registraram as maiores taxas médias de mortes violentas intencionais, no Brasil, 13 ficam na Amazônia.
O Pará concentra a maioria dessas cidades. São sete delas: Jacareacanga, Floresta do Araguaia, Cumaru do Norte, Senador José Porfírio, Anapu, Novo Progresso, Bannach. Esses municípios da Amazônia ficam em áreas rurais, onde vivem pequenas populações. Também estão próximos de terras indígenas e fazem fronteira com países rota do tráfico de drogas.
Jacareacanga, no sudoeste do Pará, aparece no topo do ranking. É o segundo município brasileiro com o maior número de casos violentos. A cidade é marcada por conflitos entre indígenas e garimpeiros ilegais. Na Amazônia, os conflitos envolvem crimes ambientais, narcotráfico, roubos e disputas por terras. A redução das fiscalizações e o número insuficiente de investigadores na região criam um ambiente favorável para os criminosos, segundo especialistas.
Aiala Colares, do Fórum de Segurança Pública, diz que é preciso fortalecer as políticas de reforma agrária e regularização fundiária para combater a violência. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Pará disse que aumentou o efetivo de agentes e que investe na aquisição de equipamentos que ajudam no combate à criminalidade.
Por G1 Pará