O avanço da mineração em terras amazônicas tem preocupado a comunidade internacional, e no momento em que a Amazônia é alvo das investigações das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, esse problema começa a afetar regiões ainda não exploradas por garimpeiros. A reportagem de Amazônia Real registrou a presença de uma draga de garimpo nas Regiões do Baixo e Médio Rio Juruá, no sudoeste do Amazonas, já perto da divisa com o Acre.
De acordo com a apuração do site de jornalismo independente, indígenas e extrativistas impedem avanço de draga, mas situação ainda é de alerta. A informação é de que mais três embarcações usadas na extração de minérios circulam na região que é considerada uma das mais preservadas da Amazônia.
Indígenas do povo Katawxi interceptaram uma draga que navegava pelo rio Andirá, afluente do Juruá na quinta-feira, 16. Apesar da presença de aldeias dos povos Katawxi e Madijá (Kulina), a área não dispõe de terras indígenas oficialmente demarcadas. As aldeias estão todas localizadas dentro da Resex Baixo Juruá.
Após a notificação, a tripulação da draga interrompeu a viagem rumo à parte alta do rio Andirá. Os Karawxi são os responsáveis pelos registros das imagens da draga e de um boletim de ocorrência por presença de garimpo em área da União.
Amazônia Real entrou em contato com a assessoria de comunicação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para saber quais medidas o instituto adotou ou pretende adotar no caso de dragas nas áreas das duas UCs federais. Até o momento da publicação desta reportagem não houve envio das respostas.
Fonte: Amazônia Real