Redação Planeta Amazônia
O prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom, participou de um encontro com produtores e gestores municipais no Vale do Juruá, onde a cafeicultura tem transformado a realidade de centenas de famílias. Para ele, o crescimento da produção é resultado de um trabalho iniciado há mais de duas décadas em defesa do fortalecimento do setor produtivo.
“Me sinto orgulhoso de ver que o incentivo dado lá atrás hoje se torna realidade. Um hectare de café pode gerar até R$ 100 mil por ano, trazendo renda e dignidade para a agricultura familiar”, afirmou Bocalom, lembrando que a mandioca, durante muito tempo base da economia local, garantia apenas a sobrevivência sem promover evolução financeira.
O prefeito destacou ainda o papel de pioneiros, como o ex-prefeito Isaac e o presidente da Coopercafé, Jonas Lima, que acreditaram no potencial da cultura. Segundo ele, o exemplo de agricultores familiares que apostaram no café e mostraram força coletiva é fundamental para o desenvolvimento do Acre.

Jonas Lima reforçou que as parcerias entre prefeituras, governo estadual e parlamentares foram decisivas para o avanço da produção. “O cooperativismo mostrou que, quando há apoio, o pequeno produtor consegue crescer. O desenvolvimento do Acre passa pelo setor rural e a agricultura familiar é a força do nosso estado.”
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, também cooperado, ressaltou o impacto social da iniciativa. “O café mudou a vida de muitas famílias aqui no Juruá. É um exemplo para o Brasil de que o cooperativismo fortalece a agricultura familiar.”

Já o prefeito de Mâncio Lima, José Luiz, destacou os reflexos na economia local. “O município avançou bastante. Muitas famílias melhoraram de vida, compraram veículos, construíram casas. Isso só foi possível porque alguém acreditou no potencial dessa cultura.”
Para Tião Bocalom, o atual cenário é apenas o começo. Com assistência técnica e incentivos contínuos, ele acredita que a produção de café no Acre pode alcançar cifras bilionárias. “O povo trabalhador desta região já mostrou sua força na mandioca e agora encontra no café uma alternativa para prosperar de verdade. Tenho certeza de que, em pouco tempo, vamos falar em bilhões movimentados só com essa produção.”