Redação Planeta Amazônia
Antes uma lavanderia abandonada, o atual Centro Cultural Taquari, situado na Rua do Passeio, virou símbolo de renovação para o bairro homônimo e entorno. Gerido pela Prefeitura de Rio Branco, através da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), o espaço atende mensalmente mais de 100 crianças e adolescentes com atividades gratuitas que vão da arte ao esporte.
Violão, capoeira, pintura em tela, tecido acrobático e aeróbica fazem parte da programação regular. Ao longo do ano, ações de grafite, apresentações circenses e oficinas de artesanato reforçam a proposta de inclusão social. Segundo Jonatha Fraga — coordenador do Centro e presidente da Associação de Moradores — o local surgiu após a enchente de 2014 e é hoje um ponto de acolhimento e pertencimento. “Aqui, vidas são transformadas pelo aprendizado e pelo apoio que oferecemos”, afirma.
A professora voluntária Moana Lima exemplifica o impacto emocional da arte e do esporte. Ex-aluna do Centro, ela ensina tecido acrobático e destaca o afastamento de crianças da violência: “É uma alternativa educativa que fortalece corpo e mente”.
No mesmo ritmo, a capoeirista Kedna “Babalu” Ferreira, atuante desde 2014, vê na capoeira mais que uma prática física. “É filosofia. Valores como respeito e solidariedade são vivenciados aqui”, diz. Babalu aponta ainda que a arte marcial combate a dependência tecnológica dos jovens e promove liberdade.
A estudante Mel Rubi Santos, 14, está há oito anos no projeto e já sente os frutos. “O Centro nos protege da rua e das escolhas erradas. Aqui, temos ocupação e aprendizado”, relata.
Aberto de segunda a sábado, o Centro Cultural Taquari oferece programação gratuita e convida a comunidade a participar com doações e apoio. Mais que atividades, o espaço proporciona convivência entre gerações — de pais a avós — e reafirma o poder da cultura como agente transformador.
