Da redação do Planeta Amazônia
Este é um período do ano, que no sul da Amazônia, as chuvas começam a atingir a região. Um alívio para população que sofreu por quase 6 meses com o calor e a seca intensas. O rio Acre, em Rio Branco, no início de outubro atingiu a menor cota da história, 1,26 metros. Muitas regiões da cidade tiveram restrições no abastecimento de água. Nas comunidades rurais, a Defesa Civil implantou o plano de contingência para levar água em carros-pipa.
O município de Xapuri, distante 187km da capital, também passou por dificuldades. O igarapé Fura baixou drasticamente. Escavações foram realizadas no reservatório da estação de tratamento da cidade para manter o fornecimento.
Com a volta das chuvas essas duas cidades já regularizaram os serviços de água à população.
Mas na cidade do Bujari, a 24km de Rio Branco, a situação ainda é crítica. Sem água há pelo menos 30 dias, essa semana moradores fecharam a entrada da cidade. O município enfrenta uma crise hídrica e, desde setembro, está com racionamento de água.
O Aeroporto de Rio Branco também chegou a ser afetado pela falta de água no Bujari. Alguns serviços foram reduzidos.
O igarapé Redenção praticamente secou e não consegue suprir a necessidade do reservatório que bombeia água na ETA do Bujari.
A alternativa encontrada pela Saneacre – Serviço de Água é Esgoto do Acre foi abastecer a cidade com caminhões-pipas, inclusive no período noturno. O presidente do Saneacre, Ítalo Lope, informou ainda que o governo vai usar um novo ponto de captação de água para abastecer o município.
“Conseguimos autorização do proprietário de um açude próximo a nossa ETA, onde vamos instalar um sistema alternativo, e começaremos a fazer o tratamento e abastecimento. Nós sabíamos que teríamos um período de seca forte, preparamos um plano de contingência, entretanto a situação do igarapé Redenção ultrapassou as previsões mais pessimistas. Esperamos que nos próximos 15 dias a intensidade das chuvas seja suficiente para que o igarapé Redenção volta a ter volume suficiente para a regularização do abastecimento”, explica Lopes.
Créditos
Foto em destaque: (Clemerson Ribeiro/Saneacre)