Concessão Florestal na Amazônia reforça compromisso do Pará com uso sustentável da floresta

Redação Planeta Amazônia

No Dia Mundial do Meio Ambiente, uma ação do Governo do Pará irá marcar uma nova fase para municípos do interior do estado. A assinatura do Contrato de Concessão Florestal da Unidade de Manejo Florestal (UMF) 2ª do Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, representa mais um passo na consolidação de um modelo que alia desenvolvimento sustentável, proteção ambiental e geração de renda na região amazônica.

Com área de 68.680,72 hectares, a UMF 2ª abrange os municípios de Santarém, Juruti e Aveiro. O contrato de concessão, com vigência de 30 anos, autoriza o manejo sustentável de 30 mil metros cúbicos de madeira legal por ano. Deste total, pelo menos 8% deverá ser processado nos próprios municípios abrangidos pela concessão, fortalecendo a economia local com base em práticas legais e ambientalmente responsáveis.

foto: Bruno Cecim_Ag. Pará

Prevista na Lei de Gestão de Florestas Públicas (nº 11.284/2006), a concessão florestal é uma modalidade de gestão que permite o manejo de produtos e serviços florestais por empresas privadas, mediante pagamento ao Estado, sem que haja transferência de domínio da terra. Ao garantir que a floresta permaneça em pé, o modelo impede práticas predatórias como a grilagem e o desmatamento ilegal, promovendo ao mesmo tempo o uso racional dos recursos naturais.

O contrato também prevê impactos positivos para as comunidades do entorno. A concessionária deverá investir anualmente mais de R$ 300.000 em ações que fomentem a organização social, produtiva e comunitária. Esses investimentos, definidos de forma participativa entre moradores, empresa e órgãos públicos, devem atender às necessidades locais em infraestrutura, serviços e geração de renda sustentável.

foto: Pedro Guerreiro_Ag. Pará

A expectativa é que a concessão da UMF 2ª poderá gerar cerca de R$ 2,5 milhões por ano em repasses aos municípios envolvidos, além dos investimentos diretos nas comunidades. O sistema de manejo prevê o corte rotativo e controlado de poucas árvores por hectare, com retorno à mesma área após até 35 anos, o que garante a continuidade da produção sem esgotar os recursos naturais.

By emprezaz

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