Cuiabá se destaca entre capitais com maior proporção de empregos verdes no Brasil

Redação Planeta Amazônia

Cuiabá aparece entre as capitais brasileiras com maior proporção de empregos verdes, ao lado de Florianópolis (SC) e Rio Branco (AC). Segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), aproximadamente 20% dos vínculos formais de trabalho na capital mato-grossense estão ligados a atividades sustentáveis — quase o dobro do índice observado em grandes centros urbanos como São Paulo.

O estudo “Habilidades e empregos verdes para adolescentes e jovens no Brasil”, baseado na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2022, analisou mais de 78 milhões de vínculos formais no país, dos quais 8,7% (cerca de 6,8 milhões) foram classificados como empregos verdes — ocupações que promovem, preservam ou restauram ambientes sustentáveis e equilibrados.

A secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, Linacis Silva Vogel Lisboa, destaca que Mato Grosso consegue aliar crescimento econômico à preservação ambiental: “O fato de Cuiabá estar entre as capitais com maior proporção de empregos verdes demonstra que o Estado já está trilhando uma transição concreta para uma economia de baixo carbono”, afirmou.

Energia renovável e biocombustíveis impulsionam geração de empregos

Cuiabá reflete o protagonismo do estado em setores estratégicos, como energia renovável e indústria de bens de consumo. Mais de 90% da energia elétrica consumida em Mato Grosso vem de fontes renováveis. O estado ainda lidera a produção nacional de etanol de milho, com uma cadeia produtiva que movimenta tanto o setor agrícola quanto o de biocombustíveis — ambos com forte potencial de geração de empregos verdes.

Além desses setores, o estado se destaca em áreas como manejo florestal sustentável, agricultura regenerativa e logística de baixo carbono. A presença desses segmentos amplia o impacto ambiental positivo, ao mesmo tempo em que gera oportunidades para a população.

A Sedec coordena ainda o Grupo Gestor Estadual de Agropecuária de Baixo Carbono 2020–2030, com 41 instituições que atuam na adaptação e mitigação das emissões na cadeia agropecuária. “Nosso estado possui metas expressivas em relação à meta nacional, que é de 17%”, completou Linacis.

By emprezaz

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