Ila Verus
A ideia do programa ‘Conexões Florestais’ começou em 2020, com a pandemia de Covid-19, a poucos dias da celebração alusiva ao Dia do meio ambiente, em 5 de julho, durante uma conversa informal dos professores. Na ocasião, eles falaram da necessidade de levarem a informação para os alunos, que na época estavam todos em casa por conta do distanciamento social e a suspensão das aulas, havendo assim a discussão sobre haver meios de promover uma aproximação em meio a tudo que passavam.
O coordenador do projeto e professor do curso de engenharia florestal, Marcos Antonio Amaro, explica que a ideia sobre a criação do programa foi crescendo e ganhando novos admiradores.
“Foi ampliando com outros professores e técnicos da Ufac, primeiro do campus de Rio Branco, depois com dois colegas do curso de Engenharia Florestal de Cruzeiro, depois expandimos para alunos da graduação e da pós. Quando vimos tínhamos um grupo grande e interessado na atividade. A partir disso fomos definindo a pauta de assuntos da semana, mês e por aí foi”, disse Amaro.
O programa ‘Conexões Florestais’ foi criado com o objetivo de levar informações sobre a área florestal em um momento de fragilização do sistema à qual estavam acostumados, visando aproximar a comunidade acadêmica por meio das notícias, que através do modo remoto/lives puderam ter a participação de pessoas de diversas regiões.
O nome do programa foi escolhido através de todo conjunto que envolve o curso de engenharia florestal. “Inclusive essa é a origem do nome. A floresta não é apenas a vegetação que está em determinado local, vai além. Tudo que estiver relacionado à floresta é de interesse e está conectado: flora, fauna, água, ar, as pessoas, o meio físico”, destaca o professor.
Amaro destaca que considera o projeto muito importante, pois atingiu muitas pessoas de lugares de difícil acesso. “Acho que a principal conquista foi trazer até as pessoas, entrevistas com pessoas de regiões distantes”. Disse.
O estudante de engenharia florestal e participante do programa, Jhon Souza, explica que o projeto abriu portas, pois permitiu o contato com pessoas de vários países. “Nós costumávamos ter telespectadores portugueses, espanhóis, bolivianos, peruanos. Então, de certa forma a ciência pode ser difundida, pudemos trocar informações acerca dos mais diversos tipos de pesquisa que envolvem as ciências agrárias no geral, incluindo tudo, pois a engenharia florestal é muito ampla, ela fala do solo, fala do clima, é uma área muito ampla, e consequentemente, o projeto também”, coloca o estudante.
John Souza, conselheiro da Ufac e acadêmico de engenharia florestal. Foto: Arquivo pessoal
Ele complementa que o modo remoto contribuiu muito para essa troca de informações com várias culturas e que foi a partir desse modelo on-line que entenderam que o estado do Acre precisava dessa integração com o resto do Brasil na via de pesquisa e ciência. “Existe muita pesquisa aqui e muita pesquisa lá fora que podemos unir e termos melhores resultados”, finaliza Souza.
O projeto está se reformulando para que possa ser retomado em 2023, e assim possa funcionar como um projeto de extensão, atingindo mais pessoas.