Dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam mais um recorde de desmatamento registrado no mês de junho na Floresta Amazônica, com 3.988 km² desmatados. O valor é o maior já registrado para esse período desde 2016 e o triplo do valor registrado em 2017, que foi de 1.332 km².
Divulgadas nesta nesta sexta-feira (8), as informações do INPE mostram que os dados referentes ao mês de junho foram os mais altos da série histórica. É o quarto ano consecutivo com recordes de desmatamento no período, com um aumento de 10,6% em comparação ao primeiro semestre de 2021, que era o recorde anterior.
O estado do Amazonas lidera primeira vez com maior área desmatada no semestre, 1.236 km², ou seja, 39,9% do total. O segundo é o Pará com 1.105 quilômetros quadrados, 27,7% do total, seguido pelo Mato Grosso, com 845 quilômetros quadrados, 21,1% do total.
Mais da metade da destruição na região amazônica ocorreu em terras públicas, 51,6%. Em relação às categorias fundiárias, florestas públicas não destinadas tiveram maior área em alerta de desmatamento (33,2%), 1.315 km². A segunda maior incidência foi em propriedades rurais (28,3), 1.120 km².