Redação Planeta Amazônia
Com base em dados e estudos técnicos, o Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, assinou na manhã desta quarta-feira (6), o Decreto de Emergência por Seca Extrema.
As previsões meteorológicas apontam para a ausência de chuvas em todo o estado do Acre nos próximos 90 dias, ocasionando calor intenso e impactando diretamente a vida dos rio-branquenses.
Buscando se antecipar aos efeitos do chamado verão amazônico, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), preparou o plano de emergência que foi assinado pelo prefeito na manhã de hoje.
De acordo com o prefeito, pela primeira vez é assinado um decreto por seca. Em outras ocasiões, foram assinados decretos por cheia e por estiagem. Tião Bocalom enfatizou ainda que assinou o decreto com tristeza.
“Primeiro de tudo, é com tristeza que assinamos um decreto desse tipo, mas é a nossa realidade. Rio Branco, Acre, Amazônia, infelizmente, essa é a realidade. Sabemos do problema sério que estamos enfrentando, com chuvas abaixo do que era o histórico. Isso cria um problema seríssimo, e o decreto que estamos assinando é exatamente para nos precaver, pois temos certeza de que o problema da seca já começou e pode se prolongar, inclusive piorar ainda mais. Por isso, precisamos ter os instrumentos necessários para agir, caso seja preciso fazer requisições de ajuda no momento exato”, esclareceu o prefeito.

Segundo o coordenador Municipal da Comdec, Tenente-coronel Cláudio Falcão, todo o levantamento que embasa o pedido de decretação da situação de emergência foi realizado com dados coletados junto a outras secretarias e previsões meteorológicas que subsidiaram o documento.
“Já realizamos levantamentos nas áreas rurais e nos bairros de Rio Branco, acompanhando o Saerb e já fazendo ações emergenciais como o abastecimento de água. Temos visto que a situação tem se agravado a cada instante. Portanto, não era mais possível adiar a decretação da situação de emergência. O mais importante é ressaltar a preocupação que a Defesa Civil e a Prefeitura de Rio Branco, juntamente com o Prefeito Tião Bocalom, têm com toda a população. Este decreto ajudará a ampliar a assistência que já estamos oferecendo, além de permitir a solicitação de ajuda de outros ministérios, o que ampliará a gama de ações humanitárias”, comentou o coordenador da Comdec.
Escassez de chuvas

Cláudio Falcão afirmou que a escassez de chuvas e as previsões nada animadoras também foram fatores primordiais para a decretação de emergência.
“É importante ressaltar que, neste momento, estamos decretando por seca. Não há outras decretações por poluição do ar, queimadas e outros. Estamos conseguindo controlar, este ano, a parte ambiental, mas a seca, com a ausência de chuvas desde maio, não tem outra forma de ser tratada. E temos ainda os meses de agosto, setembro e outubro pela frente até que, em novembro, comecem as chuvas regulares. Por isso, o decreto tem validade de 180 dias, pois as ações deverão se desdobrar até o início do ano que vem”, afirmou Falcão.