Redação Planeta Amazônia
Nesta quinta-feira, 5 de setembro, é celebrado o Dia da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. A ocasião chama atenção para a importância dessa que é uma das maiores riquezas da humanidade. Sendo ainda patrimônio inestimável, a Amazônia também é a maior reserva natural do planeta.
Dentro desse vasto bioma, Roraima se destaca por suas belezas naturais singulares, que vão além das florestas densas, oferecendo uma rica diversidade de serras, rios, montanhas e cachoeiras. Esses elementos não apenas contribuem para a conservação ambiental, mas também se consolidam como importantes atrativos turísticos dentro da economia do Estado.
Nesta data, a Secretaria de Cultura e Turismo, por meio do Detur (Departamento de Turismo), lança o estudo PISA (Pesquisa de Impacto Socioeconômico e Ambiental) – Recomendação Técnica Sobre Visitação Turística em Áreas Naturais de Roraima, que foi realizada nos principais atrativos naturais de Roraima, sobretudo nas cachoeiras.
O Estudo
A ação foi feita pelos técnicos do Detur e especialistas nas cachoeiras do Paiva e Barata, além da Pedra da Mão de Deus, na região do Tepequém, no município de Amajari, além da cachoeira Excalibur e a trilha da Serra Grande, no Cantá, e a Rota Apiaú nas cachoeiras do Davi e Evandro, em Mucajaí.
Esse estudo serviu para identificar os principais impactos ambientais sentidos por esses biomas identificando a capacidade de carga turística de cada um desses atrativos. Com isso, é possível determinar o número máximo de visitantes que podem fazer as trilhas ecológicas nesses recursos naturais.
Segundo o diretor do Detur, Bruno Muniz de Brito, isso garante a segurança e a restauração, além de reforçar a resiliência desses locais, com foco na sustentabilidade.
“Isso garante que possamos manter intactos esses recursos, na medida que o uso sustentável desse recurso permite uma melhor experiência na visitação, a geração de emprego e renda e movimentação econômica do trade estadual”, ressaltou o diretor.
Práticas turísticas sustentáveis e sem prejuízos ao meio ambiente
A capacidade de carga de um destino turístico refere-se ao número máximo de visitantes que um destino pode receber ao mesmo tempo, sem que ocorram impactos negativos significativos ao ambiente, à comunidade local ou à qualidade da experiência turística. Este conceito é essencial no planejamento e na gestão sustentável do turismo, pois visa equilibrar a preservação dos recursos naturais e culturais com a demanda dos turistas.
Existem diferentes dimensões da capacidade de carga, que pode ser a física, que se refere ao espaço físico disponível em um destino, como a quantidade de pessoas que uma praia ou trilha pode acomodar sem superlotação, ou ainda à capacidade ecológica, que é o limite em que o ambiente natural pode absorver a presença e as atividades dos visitantes sem sofrer degradação irreversível, como erosão de solos, destruição de habitats ou poluição de recursos hídricos.
Para o pesquisador Marcos Pastana, que ajudou na elaboração da pesquisa, existem diversos motivos para dar importância a essas pesquisas de capacidade de carga turística, principalmente em ambientes naturais, sendo uma delas a necessidade de preservação desses ecossistemas, que são bem frágeis. Com o uso excessivo destes atrativos, esses ambientes podem começar a degradar, a paisagem muda, animais se afastam, a flora é abalada e o próprio pisoteio do solo pode fazer com que ele seja compactado, alterando a naturalidade do lugar.
“Isso sem falar na falta de educação ambiental de muitos visitantes, que depositam todos tipo de lixo durante uma trilha, e muito desse lixo não é descartado em locais onde outras pessoas possam ver, para que de repente possa ser recolhido, muita coisa é jogada longe da vista, imagina a quantidade de coisas que podem existir jogados nesses ambientes”, disse Marcos.