Redação Planeta Amazônia
Em seu discurso durante sessão ordinária desta quarta-feira (05) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) falou sobre os desafios ambientais e fundiários enfrentados no estado. Em um contexto marcado pela recente megaoperação da Polícia Federal na região fronteiriça do Acre, o parlamentar sublinhou a gravidade da situação, onde a grilagem de terras públicas e a exploração ilegal de madeira são práticas recorrentes.
Além disso, Edvaldo Magalhães levantou preocupações em relação aos falsos projetos de carbono, que camuflam atividades ilegais sob a bandeira da sustentabilidade. “Esses projetos, concentrados em áreas como Envira, Tarauacá e Rio Muru, representam uma ameaça ao meio ambiente e às comunidades locais”, disse.
O deputado enfatizou a importância do trabalho da Comissão Especial em buscar soluções para os problemas fundiários e ambientais enfrentados. Ele ressaltou a necessidade de regularização fundiária para os agricultores familiares e a urgência em desbloquear a propriedade familiar, especialmente nos projetos de assentamento.
Magalhães destacou a necessidade de uma desburocratização responsável, que facilite a produção sem prejudicar a preservação ambiental. “Saliento a importância de medidas que incentivem a regularização ambiental das propriedades da agricultura familiar, utilizando as florestas públicas de forma não onerosa”, pontuou.
No tempo destinado ao grande expediente, o deputado comentou sobre a situação dos policiais penais, mencionando a reação do governo frente à denúncia pública contra o comportamento do ex-diretor do Iapen. “O Palácio se apressou em publicar uma nota de solidariedade e confiança ao diretor, o que acabou provocando uma mobilização dos policiais penais, que se sentiram afrontados”, explicou Magalhães. “A repercussão no plenário desta Casa e os debates intensos sobre o tema demonstraram a gravidade da situação.”
Ele mencionou que os requerimentos apresentados por deputados geraram diversas manifestações de solidariedade, mas também foram seguidos por atitudes de desprezo, como a ausência de Alexandre Nascimento na audiência marcada. “O desdobramento foi a exoneração a pedido do diretor, mas houve tentativas de minimizar a relação entre a exoneração e os eventos ocorridos aqui”, disse Magalhães.
Concluindo, o deputado destacou a necessidade de enfrentar esses desafios com seriedade e comprometimento, afirmando que a busca por soluções justas e eficientes deve ser contínua. “Precisamos garantir que a legislação seja cumprida e que os direitos dos cidadãos sejam respeitados, seja na questão ambiental, fundiária ou de segurança pública”, finalizou.