Redação Planeta Amazônia
Durante a sessão dessa quarta-feira (8) na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Luiz Gonzaga (PSDB) destacou dois avanços econômicos importantes para o estado: a liberação da entrada de morango peruano no Brasil e a proposta de criação de uma indústria de beneficiamento de farinha em Cruzeiro do Suls
O parlamentar comemorou o acordo entre os governos brasileiro e peruano, que autoriza oficialmente a importação do morango produzido no país vizinho. A negociação contou com a participação do governo do Acre e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Gonzaga integrou a comitiva acreana em Lima, que incluiu o secretário de Produção e Agronegócio, Assur Mesquita, o secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, e o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade.
“Após uma luta e um grande trabalho entre o governo do Estado e o governo peruano, conseguimos liberar a entrada de morango para o Acre e para o Brasil. O governo brasileiro já cumpriu sua parte, a entrada do morango foi autorizada e publicada no Diário Oficial. Agora aguardamos que o Peru libere a entrada de ovos do Acre”, explicou o deputado.
Gonzaga destacou que a medida trará ganhos econômicos e competitividade ao mercado local, já que o morango peruano é reconhecido pela qualidade e custo mais acessível. “O morango peruano é orgânico, mais doce, maior e muito mais barato. Uma caixa de 10 quilos custa 120 soles, o que é um ótimo preço. Isso vai beneficiar também empresas acreanas, como a Carijó, que produz com qualidade e será favorecida com essa liberação”, afirmou.
O deputado aproveitou para agradecer o apoio das autoridades envolvidas no processo. “Quero agradecer ao governo do Estado, ao Mapa e ao governo federal, representado pelo doutor Paulo Trindade. Graças à boa relação entre as instituições, o Acre tem obtido bons resultados”, disse.
Na segunda parte de sua fala, Gonzaga voltou a defender a valorização da produção tradicional de farinha em Cruzeiro do Sul, ressaltando a necessidade de modernização para manter viva a atividade. “Nossos produtores de farinha estão cansados, e os jovens não querem continuar essa produção, que é a identidade de Cruzeiro do Sul. Precisamos mecanizar e implantar uma miniindústria ou até uma indústria de farinha, para fortalecer essa cadeia produtiva”, pontuou.
O deputado informou que já articula parcerias com o Banco do Brasil e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para financiar o projeto. “Os estudos estão em andamento. Nossa farinha é considerada a melhor do mundo e já tem mercado no Nordeste. Podemos alcançar o Centro-Oeste e o Sul, desde que ampliemos a produção e mantenhamos a qualidade”, destacou.
Encerrando o pronunciamento, Luiz Gonzaga reforçou que investir na modernização da produção de farinha é uma forma de preservar a cultura local e impulsionar o desenvolvimento regional. “Cruzeiro do Sul tem a melhor farinha do mundo. Se temos mercado, temos que trabalhar para aumentar a produção. Essa é a riqueza que representa nossa cidade e nossa gente”, concluiu.