Redação Planeta Amazônia
O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Eduardo Ribeiro (PSD) decidiu receber nesta terça-feira (13), uma comissão de trabalhadores da educação após o grande expediente da sessão.
Dentre as reivindicações da categoria, estão o retorno de um reajuste salarial de 10% e melhorias nas condições de trabalho.
Em sua fala, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, destacou que a luta dos trabalhadores da educação não é recente e vem se intensificando desde 2021, quando houve a retirada de um reajuste de 3%, o que impactou drasticamente a vida dos servidores. “O impacto foi muito grande em nossas vidas, econômicas e sociais. Porque quando eu não consigo mais comprar meus remédios, eu corto certas medicações, certos alimentos estão nos prejudicando. Então, é questão de justiça. Isso só aconteceu conosco, da educação.”
A líder sindical também criticou a falta de avanços em outras demandas, como a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a definição da Bolsa de Tempo Integral, que, segundo ela, não requerem recursos adicionais, mas sim, vontade política. “Desde que o secretário colocou aquela bunda lá naquela cadeira, nós não avançamos. Reformulação do PCCR, muitos pontos, nem requer recurso. E o homem no centro não define.”
Rosana Nascimento deixou claro que os trabalhadores da educação não desistirão de suas demandas e continuarão pressionando por justiça e melhores condições de trabalho. “Nós não vamos enlouquecer atrás não. Porque nós temos coragem, se a educação acontece é porque nós somos guerreiros. E nós vamos conquistar e com o apoio dessa casa aqui.”
Em seguida, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), frisou que, em audiência pública realizada há três semanas, o Sinteac apresentou números que, segundo ele, deixaram o secretário de educação “sem saída”. No entanto, apesar das evidências apresentadas, o governo teria mais uma vez falhado em atender as demandas dos trabalhadores. “Na terceira vez, aqui, diante da Assembleia, disseram não. A gente está só esperando a arrecadação do mês de julho”, ironizou o deputado, relatando que a arrecadação superou as expectativas, mas mesmo assim, o governo não cumpriu sua parte no acordo.
Já o líder do governo na Aleac, deputado Manoel Moraes (Progressistas), disse que o governo está comprometido em resolver as questões apresentadas pela categoria, mas lembrou que qualquer proposta que viole a Lei de Responsabilidade Fiscal seria ilegal e, portanto, inviável. “Eu quero dizer pra vocês da educação, o governo tá empenhado. Nós vamos buscar uma solução. Uma solução verdadeira, não uma solução fantasiosa”, garantiu.