Fiscalização do Ibama apenas nas últimas duas semanas embargou quase 2,5 mil hectares desmatados em unidades de conservação estaduais. Grilagem de terra e exploração ilegal de madeira também são alvos dos fiscais.
O desmatamento na Amazônia preocupa e infelizmente o problema está avançando em unidades de conservação estaduais. Os satélites mostram o avanço do desmatamento no entorno e dentro da única Reserva Extrativista de Mato Grosso, a Guariba-Roosevelt. De 2018 até agora, a reserva perdeu 1.778 hectares de floresta.
Nas últimas duas semanas fiscais do Ibama embargaram quase 2,5 mil hectares desmatados em unidades de conservação estaduais, em uma área que engloba Mato Grosso e Amazonas.
A fiscalização encontrou 10 pontos com atividades ilegais, como em um barracão, onde estavam toras de castanheira – a exploração desse tipo de madeira é ilegal.
A reserva é vizinha da Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, onde vivem índios isolados. O Ibama também encontrou sinais de invasão na região.
Depois da ação do Ibama, extrativistas denunciaram que a sede da associação foi alvo de um de incêndio criminoso. Cinquenta e quatro famílias, de duas comunidades vivem na região, da coleta de castanha, seringa e óleo de copaíba.
A reserva extrativista foi criada em 1996 pelo estado, com 57 mil hectares, e ampliada em 2015. A partir de uma ação do Ministério Público estadual, a Justiça determinou a regularização da reserva em 2017. O processo ainda não terminou.
A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso declarou que 25% da reserva extrativista estão regularizadas; que a fiscalização é constante; e que nos primeiros quatro meses do ano lavrou 91 autos de infração e aplicou mais de R$ 44 milhões em multas ambientais.
Com informações e imagens do Ibama e Jornal Nacional