A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participando do segundo dia do Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça, não perdeu a oportunidade de cobrar nesta terça-feira, 17, o compromisso das nações desenvolvidas de repassarem aos países em desenvolvimento US$ 100 bilhões para a proteção ambiental.
A acreana fez um apelo aos líderes mundiais para olharem para a causa do desmatamento na região amazônica, que nos últimos anos se mostrou fragilizadas pelas políticas governamentais. Ela coloca que há uma boa regulação global, mas que faltam investimentos para a causa.
“Nós temos uma boa regulação global, mas faltam os investimentos. Os 100 bilhões de dólares, que eram o compromisso dos países desenvolvidos ainda não foram aportados. Nós temos que ter um aporte de recursos para ações de mitigação, como também de adaptação”, disse Marina Silva, durante o Fórum Econômico Mundial.
Após o evento, a ministra da pasta ambiental disse à imprensa, que negocia também doações com as fundações do ator Leonardo DiCaprio e do bilionário e fundador da varejista Amazon, Jeff Bezos. “A fundação do Leonardo DiCaprio está fazendo ações para captar 100 milhões de dólares para o Fundo Amazônia”, disse Marina.
A ministra ainda deixou sua preocupação com os recordes de desmatamento no cenário brasileiro, que durante os últimos quatro anos mudou a história ambiental do Brasil. “O Brasil tinha um ciclo de redução do desmatamento, hoje estamos com recordes, com a agenda ambiental totalmente desmontada”, afirmou.
O presidente da república brasileira Luiz Inácio da Silva Lula, enviou os ministros da fazenda e meio ambiente, Fernando Haddad e Marina Silva, para representar o Brasil no Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos.
Marina Silva e Fernando Haddad representando o Brasil no Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça. Foto: Reprodução
O fórum anual começou na segunda-feira,16, e reúne líderes políticos de todos os países, de empresas e da sociedade civil, e este ano trás o tema: “Cooperação em mundo fragmentado”.
A ministra volta a participar do Fórum na quinta-feira (19), no painel “A Amazônia em uma encruzilhada”, às 13h30 (horário de Brasília).