Redação Planeta Amazônia
Ocupar os espaços urbanos das cidades amazônicas com arte e tecnologia. Esta tem sido a tônica do Festival Amazônia Mapping que chega à sua décima edição proporcionando não só visibilidade ao fazer artístico mas também, realiza oficinas para deixar seu legado por onde passa.
Desta vez, o sincretismo cultural vai invadir o centro de Alter do Chão. O festival chega à cidade no dia 30 de setembro. O evento será na praça central da cidade, com entrada gratuita e tem na programação, shows inéditos, projeções mapeadas na fachada da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, além de oficinas formativas, para expandir a criatividade dos artistas e profissionais da área.
Em sequência ao sucesso obtido em Belém, o Festival mantém o compromisso de promover um novo olhar para a paisagem urbana amazônida, levando a arte para espaços inimagináveis e dialogando com o entorno e com as histórias da cidade, aliando potência cultural e inovação, na busca pelo desenvolvimento e pela difusão de obras artísticas que conectam as artes visuais, a tecnologia e a sua relação com o espaço urbano. A Amazônia é sempre a principal protagonista e potencializadora de debates sobre a importância da preservação do bioma e do respeito à diversidade cultural da região.
“A estreia em Alter do Chão, após uma edição memorável em Belém, reforça nosso compromisso em descobrir novas perspectivas de cidades amazônicas, unindo arte e tecnologia para celebrar a diversidade da nossa cultura e da nossa gente”, afirma Roberta Carvalho, artista visual e diretora artística do Festival Amazônia Mapping.
Programação
Com curadoria de Roberta Carvalho, renomada artista visual e diretora artística do Festival Amazônia Mapping, as exibições de video mapping (projeções mapeadas) serão realizadas na fachada externa da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, um dos principais destinos turísticos da cidade.
Serão expostas obras de obras de Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista, da maranhense Ge Viana, dos paraenses Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ, Evna Moura, e do duo paulistano microdosys e Ilumina Chebel. Também serão divulgados os projetos convidados Brasil Futuro – As Formas da Democracia, que mostrará criações de diversos artistas visuais brasileiros e amazônidas, o Belém Fashion Mapping, um desfile de moda que alia tecnologia e sustentabilidade, além das 15 produções comissionadas de artistas de todo o país.
O show de música e imagem acontecerá no palco em frente à Paróquia, e ficará por conta do primeiro grupo de carimbó indígena e formado por mulheres Suraras do Tapajós, que em um encontro inédito convida Aíla, que também assina a direção artística do Festival, e é uma das principais vozes da música contemporânea da Amazônia, em interação com visuais do artista visual Astigma. A DJ Pedrita, primeira DJ mulher de aparelhagem no oeste do Pará, tocará ao longo de toda a programação.
“É fundamental que as vozes Amazônidas sejam as protagonistas do Festival, a direção artística do projeto está sempre conectada a essa narrativa. O Amazônia Mapping reconhece a importância de ecoar e visibilizar esses artistas, celebrando a sua contribuição valiosa para a cultura brasileira, não só para região norte do país”, diz Aíla, cantora e diretora artística do projeto.
Em sua trajetória de dez anos, o Amazônia Mapping, precursor entre os festivais de mapping do Brasil, movimentou o Pará: cerca de 200 artistas já passaram por ele, que alcançou durante esse tempo um público de mais de 50 mil pessoas, promovendo e fomentando encontros inéditos entre a arte e as pessoas. Em 2020, realizou uma edição 100% online e foi o grande vencedor da categoria Inovação: Música e Tecnologia, importante prêmio da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SP), a maior feira do mercado da música da América Latina.