Redação Planeta Amazônia
É natural que ao longo dos anos com as mudanças dos ambientes, haja o surgimento de novas espécies que estão se adaptando a essa evolução, seja ela do clima, ou das superfícies terrestres, isso é o que fala o estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que durante três dias realizou uma pesquisa em Novo Airão, no Amazonas, para identificação de protozoários (parasitas) e insetos para análise evolutiva (modificação) e comparativa entre as espécies da Amazônia e Mata Atlântica.
O estudo visa a descoberta ou aparecimento de novas espécies em decorrência de mudanças climáticas e ambientais. Os resultados vão permitir o desenvolvimento de ações preventivas de saúde na região amazônica.
A pesquisa foi desenvolvida em conjunto com a prefeitura de Novo Airão, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A equipe foi integrada pelos biólogos Rhagner Bonono (doenças tropicais), Marcos Tobias Miglionico e Priscila Pereira (animais aquáticos).
Pesquisadores analisam aparecimento de espécies em decorrência de mudanças climáticas e ambientais Foto: Divulgação
Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Luciene Farias, os pesquisadores fizeram a coleta de insetos como mosquitos, borboletas e outros vetores, para verificação da existência de já conhecidos e novos protozoários causadores de doenças endêmicas. “A pesquisa vai fazer uma comparação com as espécies encontradas na Mata Atlântica. O resultado vai voltar para Novo Airão com propostas de ações médicas preventivas e de combate a serem adotadas pelo município”, destacou a secretária.
O responsável pela fiscalização do Meio Ambiente, Antônio Craveiro, também explicou que o trabalho está sendo realizado no Parque Municipal das Cacimbas, Igarapés do Jacaré, do Chicó, do Tijuco e do Braço do Jacaré (Prainha), centro da cidade (entorno do Parque Nacional de Anavilhanas) e Ramal do Jamal (Km 1 da AM-352).
“O apoio do município foi determinado pelo prefeito de Novo Airão, Frederico Júnior, por entender que a pesquisa científica é importante para o conhecimento e verificação das mudanças ambientais que causaram o aparecimento ou evolução de espécies, sobretudo o descarte dos resíduos e esgotos no meio ambiente. Os estudos também vão apontar as formas de controle ambiental”, disse o fiscal.