Redação Planeta Amazônia
Um evento especial marcou o período natalino no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, ao proporcionar momentos de reflexão, esperança e acolhimento às mulheres privadas de liberdade. A iniciativa reuniu atividades culturais e a instalação de uma árvore de Natal, doada pela Prefeitura de Rio Branco, com o objetivo de tornar o ambiente mais humano e acolhedor.
A ação foi realizada na ala feminina da unidade e surgiu a partir de uma proposta da psicóloga Terezinha Escarpan, após a revitalização do espaço. Segundo a diretora da ala feminina, Jamília Sousa, a ideia foi promover uma apresentação teatral que permitisse às internas vivenciar uma experiência diferente da rotina carcerária.

De acordo com a diretora, a psicóloga sugeriu a participação de uma detenta com mais de 30 anos de experiência em teatro, proposta que foi prontamente acolhida pela equipe. Em pouco tempo, foi organizada uma apresentação simples, mas carregada de significado para as mulheres custodiadas.
Jamília Sousa destacou que o evento possibilitou que as internas saíssem temporariamente das celas e entrassem em contato com um novo contexto, favorecendo a reflexão e a construção de novas perspectivas de vida. Ela ressaltou que ações desse tipo contribuem para a transformação pessoal e social durante o cumprimento da pena, ao estimular novas formas de enxergar a vida.
Além das atividades culturais, a ala feminina recebeu uma árvore de Natal iluminada. Para a vice-presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, a decoração possui forte simbolismo. A magistrada explicou que a iniciativa foi viabilizada por meio de articulação com a Prefeitura de Rio Branco e tem como objetivo levar acolhimento e humanidade ao ambiente prisional.

Regina Ferrari enfatizou ainda que passar o Natal em privação de liberdade e distante da família é especialmente difícil. Nesse sentido, a decoração natalina representa esperança, acolhimento e a mensagem cristã de renovação e fé.
A desembargadora destacou, por fim, que a ação reforça a crença na ressocialização das internas, com a expectativa de que elas possam, em breve, retornar ao convívio de suas famílias, amigos e da comunidade.

