Por Ila Verus
Uma gigante do tamanho de um prédio de 30 andares. Mais que o dobro do Cristo Redentor.
A maior árvore da Amazônia é um Angelim-vermelho (Dinizia excelsa Ducke). Tem 88,5 metros de altura e sua circunferência é de 9,9 metros. Essa relíquia natural foi encontrada na Amazônia, na Floresta Estadual do Paru, no Pará.
Em 2019 ela foi identificada por satélite, mas os pesquisadores não conseguiram chegar até o local.
O professor Eric Bastos Gorgens, pesquisador da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), um dos coordenadores do projeto disse que na primeira expedição ficou faltando 3 quilômetros para chegarem até o local. Agora, a expedição durou 10 dias. Foi formada por 20 pessoas, entre pesquisadores e moradores da região de Laranjal do Jari, no sul do estado do Amapá. “Dessa vez, fizemos um planejamento especial para evitar qualquer imprevisto” afirmou.
O pesquisador do Instituto Federal do Amapá (Ifap), Diego Silva, está empolgado com a descoberta. “Esperamos por 3 anos até chegar a maior árvore da Amazônia. Isso consolida o trabalho de todos”, disse o Silva.
Os cientistas estimam que a árvore tenha em média de 400 a 600 anos.
Árvores como essa ficam cada vez mais difícil de serem encontradas com o aumento do desmatamento, e geralmente são achadas em floresta fechadas e de difícil acesso, nas chamadas “matas viagens”.
“A função das árvores gigantes, é contribuir ainda mais para o ecossistema, ser lar de muitos animais. As árvores gigantes dizem muito, mas principalmente que aquela área tem preservação”, disse o Biólogo, Jardeson Kennedy Moraes de Souza.
O biólogo diz que existem vários fatores que explicam o crescimento da árvore gigante, entre eles, uma boa condição de nutrientes. Desse modo, o processo de decomposição é mais rápido, o que favorece a liberação para as plantas do local. Porém nem toda espécie da floresta alcança grandes alturas. Outro fator pode ser que a espécie não tenha sofrido ataques antrópicos (ação realizada pelo homem).