Redação Planeta Amazônia
Durante a COP30, em Belém, a Amazônia será palco de um dos principais encontros sobre investimento de impacto e desenvolvimento sustentável da região. O Festival de Investimento de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA) acontece no dia 10 de novembro, no Campus de Direito do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa).
Com o tema “FIINSA COP30 – Onde fazer fala mais alto”, o evento é promovido pelo Idesam e pelo Impact Hub Manaus, em correalização com o Cesupa e apoio de uma ampla rede de parceiros. O objetivo é conectar diferentes atores para impulsionar negócios de impacto, promover soluções inovadoras e fortalecer o protagonismo amazônico na economia sustentável.
Entre os nomes confirmados estão Juliana Teles, cofundadora do Impact Hub Manaus e membro da Rede de Líderes da Fundação Lemann; Mariano Cenamo, diretor de novos negócios do Idesam e CEO da Amaz; Eli Minev, Jovem Transformador Ashoka 2025; Carol Vilanova, cofundadora do Grupo Flor de Jambu; Joana Oliveira, secretária executiva da Rede Pan-Amazônica; Pedro Frizo, diretor de operações da Conexus; Laura Motta, gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre; e Valcléia Lima, superintendente-adjunta da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
A programação reunirá temas como bioeconomia, modelos sustentáveis de investimento, economia de baixo carbono, equilíbrio de poder e protagonismo da juventude.
“O FIINSA surge como um espaço estratégico de articulação entre diferentes atores do ecossistema de impacto, fortalecendo o diálogo sobre o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Queremos impulsionar soluções concretas e valorizar o conhecimento local, consolidando a região como referência em inovação e bioeconomia”, afirmou Marcus Bessa, fundador do Impact Hub Manaus e um dos organizadores do festival.
Painéis e rodas de conversa
A abertura, com o tema “Da Amazônia para o mundo: soluções reais para uma economia de baixo carbono”, vai discutir o que já vem sendo realizado na região e como potencializar iniciativas com apoio estratégico. O momento incluirá uma simulação de “banho de ervas”, tradição paraense associada a rituais de proteção.
Durante a manhã, serão realizados os painéis “Capital que alavanca impacto: como garantir resultados reais?” e “Quem senta à mesa: equilibrando forças no ecossistema amazônico”. O primeiro tratará do acesso a crédito e investimento de longo prazo; o segundo discutirá governança compartilhada e equilíbrio de poder entre os diferentes atores da região.

À tarde, o público acompanha os painéis “Cadê a indústria da Amazônia?”, “Se a bioeconomia é o caminho, por que ela ainda tropeça?” e “O que está funcionando? Caminhos reais para a autonomia econômica”, que vão abordar desafios como logística, regulação e financiamento.
As rodas de conversa incluem os temas “Negócios no ritmo da floresta”, “Juventude e os futuros das economias amazônicas” e “Pontos cegos da nova economia da Amazônia”, voltadas à reflexão sobre inclusão, inovação e diversidade cultural.
Carta da Amazônia e experiências culturais
Ao fim do festival, será elaborada a Carta do FIINSA COP30, documento cocriado por participantes com apoio de inteligência artificial. O texto reunirá propostas e soluções para fortalecer a bioeconomia e os negócios sustentáveis da região.
O evento também contará com o Mercado Amazônia, feira de produtos da sociobiodiversidade, além de espaços de convivência, networking, experiências culturais e gastronômicas. As áreas de convivência serão inspiradas na floresta, com o objetivo de estimular conexões e trocas entre os participantes.