Redação Planeta Amazônia
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) recebeu nesta quinta-feira o conselheiro macroeconômico e financeiro da Embaixada da França no Brasil, Rafael Cezar. A visita teve como objetivo conhecer melhor a Zona Franca de Manaus (ZFM) e avaliar oportunidades de cooperação em projetos de desenvolvimento sustentável.
Histórico e resiliência da ZFM
Durante a reunião, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Sedecti, Gustavo Igrejas, apresentou uma linha do tempo da ZFM, dividida em três fases:
- 1967 – criação pelo Decreto-Lei nº 288, com foco no comércio;
- 1975 – verticalização industrial e índice de nacionalização;
- Anos 1990 – adoção dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), após a abertura econômica.

Igrejas lembrou que, mesmo diante de crises como a de 2008, a recessão de 2015/2016, a pandemia e as estiagens recentes, a Zona Franca mostrou resiliência.
“Hoje temos uma indústria verticalizada, com 550 empresas, mais de 130 mil empregos diretos e impacto indireto em mais de 600 mil pessoas. A ZFM segue essencial para Manaus e para a Amazônia”, afirmou.
O faturamento, que alcançou US$ 41 bilhões em 2011, voltou a crescer após a pandemia e deve atingir US$ 40 bilhões em 2024.
Interesse da França
O conselheiro Rafael Cezar destacou que a França quer ampliar sua presença fora do eixo Rio-São Paulo e vê a Amazônia como prioridade.
“Queremos contribuir para trazer desenvolvimento sustentável à região, sem destruir a floresta. Contamos com a Agência Francesa de Desenvolvimento e empresas interessadas em participar desse processo. Nosso papel é servir de ponte para que isso aconteça”, declarou.

Zona Franca e sustentabilidade
A Sedecti reforçou que a ZFM é um instrumento estratégico para preservar a floresta amazônica, garantindo empregos e arrecadação sem ampliar o desmatamento. Hoje, 97% do território do Amazonas permanece preservado.
O encontro contou com a presença do titular da Sedecti, Serafim Corrêa, dos secretários-executivos Gustavo Igrejas, Jeibi Medeiros e Tayana Rubim, além de técnicos do Departamento de Atração de Investimentos e Comércio Exterior.