Redação Planeta Amazônia
O Governo do Tocantins deu mais um passo para a implantação do Centro de Etnocultura e Turismo da Ilha do Bananal. Nessa quinta-feira (27), o governador Laurez Moreira reuniu secretários estaduais e equipes técnicas no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, reforçando a continuidade de uma agenda que se consolidou após as visitas à região e à criação do comitê intersetorial.
Nesta fase, o governo iniciou a elaboração do calendário oficial de execução, definindo prazos, metas e cronograma das ações técnicas e de campo. O processo inclui a Consulta Livre, Prévia e Informada (CLPI) com as comunidades indígenas, etapa considerada essencial para a legitimidade e o avanço do projeto.
Durante a reunião, Laurez Moreira ressaltou o impacto social, cultural e econômico da iniciativa. Ele afirmou que a Ilha do Bananal é um patrimônio mundial e destacou a importância de melhorar as condições de vida das cerca de 40 aldeias da região, valorizando a cultura tradicional e estimulando o turismo sustentável.
A secretária dos Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria, explicou que o governo inicia agora a fase de organização do calendário de execução, mantendo a participação direta das comunidades indígenas e o respeito à consulta livre, prévia e informada. Ela afirmou que a proposta deve posicionar o Tocantins como referência em etnoturismo no Brasil e no cenário internacional.
Além do projeto da Ilha do Bananal, o governador tratou do Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste do Tocantins (Prodoeste), considerado estratégico para ampliar a produção irrigada na região de Lagoa da Confusão. Ele defendeu a retomada do programa, elaborado e aprovado pelo Banco Mundial, reforçando o potencial para transformar o estado em um dos maiores produtores de arroz irrigado e outros grãos do país.
Após o encontro no palácio, secretários e técnicos seguiram para a Secretaria de Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional (Secihd), onde acompanharam a apresentação dos avanços do Prodoeste, que prevê a construção da Barragem P8, em Pium. A estrutura permitirá irrigar até 26 mil hectares, impulsionando a produção contínua de arroz irrigado, soja para sementes e frutas.
Também foi detalhado o andamento do Projeto Chapada Natividade, no Rio Manuel Alves, que inclui a construção de uma barragem com capacidade para gerar 30 megawatts de energia e atender cerca de 10 mil hectares irrigados. Segundo os técnicos, os projetos devem fortalecer a segurança hídrica, ampliar a competitividade do agronegócio e diversificar a matriz produtiva do estado.
Participaram da reunião os deputados estaduais Eduardo do Dertins e Olyntho Neto, além de gestores estaduais envolvidos nas áreas de infraestrutura, desenvolvimento e articulação institucional.
