Redação Planeta Amazônia
O Governo do Amapá e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), com apoio do Senai, realizaram nessa quinta-feira (11), uma oficina para aprimorar as ações de fortalecimento da rota da castanha no território amapaense. O evento contou com a participação de órgãos públicos, instituições de pesquisa, cooperativas, startups e atores da sociedade civil, que trabalham diretamente na cadeia produtiva do fruto.
A ação, além de fazer parte do Plano de Governo para promover a castanha no Amapá e transformá-la em um produto estratégico da economia, reforça o compromisso com a viabilização de um crescimento responsável e sustentável no estado.
“O Governo do Amapá já definiu que, olhar o desenvolvimento econômico de forma organizada e integrada, é fundamental para elevar o status do estado. Esse trabalho ocorre em vários níveis, desde o tátil até o operacional, que é o que estamos fazendo hoje aqui, apresentando projetos e articulando recursos para cuidar da cadeia da castanha, que tem um papel fundamental para proporcionar o nosso desenvolvimento sustentável”, reforçou o secretário de Ciência e Tecnologia, Edivan Andrade.
Rota da castanha no Amapá
No estado, o manejo integra o Programa Rotas de Integração Nacional, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que busca promover investimentos e capacitação em cadeias produtivas consideradas estratégicas. O coordenador geral de Arranjos Produtivos e Inovadores do MIDR, Thiago Araújo, explica que o planejamento está sendo aprimorado para potencializar as atividades que o Amapá já realiza com o produto.
“Este é o momento de discutir como melhorar todo esse potencial do estado. Por isso, estamos reunidos com produtores, extrativistas, associações, cooperativas, instituições de ensino e pesquisa, para encontrar os melhores métodos de tocar essa cadeia de forma orgânica e bem mais sustentável”, pontuou Araújo.
Ao longo do dia, o público que participou da oficina debateu estratégias e propostas de fortalecimento da cadeia produtiva no intuito de criar uma carteira de projetos e ações que tragam benefícios e progresso para o setor. Para a Cooperativa Mista dos Produtores Extrativistas do Rio Iratapuru (Comaru), que é composta por castanheiros da Comunidade São Francisco do Iratapuru, em Laranjal do Jari, o fortalecimento do setor deve ser uma prioridade em todas as suas vertentes.
“O nosso objetivo é cumprir todas as linhas de ação voltadas à questão não somente comercial e de gestão, mas de toda a cadeia produtiva da castanha, que vai desde o planejamento, extração, transporte e beneficiamento até a venda do produto. A ideia é que, a partir deste momento, a gente consiga fazer todo um corpo de gestão, produção e comercialização que seja bom para todos”, disse o presidente da Cooperativa, Bruno Dutra.
Presente no encontro, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) avaliou como positiva a discussão realizada para fortalecer a cadeia produtiva da castanha em virtude do volume de pessoas que tem como principal fonte de renda o trabalho com o fruto.
“A castanha é uma economia de base comunitária, por isso, centenas e centenas de famílias dependem dela para sobreviver. Porém, há tempos não se tem investimentos para fomentar este setor, só agora isso está mudando, o que é importante tanto para os castanheiros quanto para o Amapá, que terá um motor econômico que trabalha com a floresta em pé ainda mais fortalecido”, destacou o diretor de formação da CNS, Joaquim Belo.