Redação Planeta Amazônia
Já imaginou ter diretrizes mais claras – e em português – para os setores de gestão de ativos, mineração, petróleo e gás, alimentos e bebidas, eletricidade, entre outros segmentos, que ajudem a elaborar planos de transição mais efetivos para uma economia de baixo carbono? Agora, isso é possível com os guias setoriais da Transition Plan Taskforce (TPT) – iniciativa internacional vinculada à IFRS Foundation – que foram oficialmente lançados no Brasil em português durante o evento “Ferramentas para Transição Climática: metodologia internacional ACT e Guias Setoriais da TPT”, realizado no Hotel Windsor Plaza, no Rio de Janeiro, nesta quarta (18).
A tradução dos Guias foi realizada pela Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS). Referência global para a elaboração de planos de transição para uma economia de baixo carbono, esses documentos fornecem orientações práticas e alinhadas às melhores práticas internacionais. Ao traduzir as diretrizes para o mercado brasileiro, a SIS ajuda a democratizar o acesso a diversas ferramentas que estimulam o setor empresarial e financeiro a agir. “O objetivo foi ampliar o acesso de instituições financeiras e empresas às ferramentas estratégicas que podem ajudar a elaborar planos de transição neste momento de emergência climática”, explicou Luciane Moessa, Diretora Executiva e Técnica da SIS.
A Transition Plan Taskforce (TPS) foi criada HM Treasury do Reino Unido em 2022 como uma espécie de guia com critérios e boas práticas para a divulgação de planos de transição por parte de empresas e instituições financeiras. A estrutura desenvolvida segue diretrizes internacionais e oferece um modelo robusto rumo ao net zero. Os setores que têm orientações específicas são: Gestão e propriedade de ativos, Bancos, Serviços públicos de eletricidade, Alimentos e bebidas, Mineração e metais e Petróleo e gás. Outros setores econômicos contam com orientações mais resumidas (resumos setoriais).
“A tradução dos guias da TPT reforça o compromisso da SIS com a democratização do conhecimento em transição climática. Temos atuado com afinco para promover uma regulação e boas práticas de mercado que estimulem a adequação dos setores da economia real e de finanças à agenda ASG, impulsionando um futuro mais sustentável e resiliente”, afirma Luciane Moessa.
Painéis e práticas
O evento no Rio de Janeiro contou com duas mesas de discussão. A primeira abordou a metodologia ACT, aplicada pelo CFH Brasil em parceria com o Climate Arc, que avalia o desempenho climático das empresas, adaptando critérios internacionais à realidade brasileira. Foi apresentado um estudo de caso de um setor econômico, demonstrando como a ferramenta Transition Arc auxilia investidores e empresas na transição para uma economia de baixo carbono.
A segunda mesa apresentou os Guias Setoriais da TPT/IFRS, recursos essenciais para a elaboração de planos de transição climática alinhados às melhores práticas globais. A tradução para o português ampliará o acesso a esses materiais no Brasil, fortalecendo a capacidade de instituições financeiras e corporações da economia real de lidar com riscos e oportunidades relacionadas às mudanças climáticas.
Participaram do debate especialistas como Luciane Moessa (SIS), Christianne Maroun (Coordenadora Geral do Climate Finance Hub), Carine Lacerda (iCS), Raquel Castelpoggi (Coordenadora do Comitê Técnico de Sustentabilidade da ABRAPP), Débora Masullo (Partner na Impacta Finanças Sustentáveis), Denise Hills (Conselheira do Climate Finance Hub Brasil) e José Pugas (Partner & Chief Sustainability Officer da Régia Capital e Conselheiro do CFH Brasil). Os guias TPT podem ser conferidos aqui.
Sobre a SIS – A Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis é uma organização que atua na intersecção entre finanças e desenvolvimento sustentável, com foco em regulação, transparência de dados socioambientais e capacitação técnica.
Sobre a CFH Brasil
Climate Finance Hub Brasil – iniciativa que promove o uso de ciência climática no setor financeiro. Atua em parceria com o Climate Arc e utiliza metodologias como a ACT para formar profissionais e orientar investimentos voltados à descarbonização da economia.
