Redação Planeta Amazônia
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) promoveu, de 24 a 26 de setembro, em Belém, a Oficina de Elaboração de Planos de Trabalho do Inova Sociobio. A atividade reuniu representantes de povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e agricultores familiares cujas propostas foram pré-selecionadas na chamada pública. O encontro marca uma etapa decisiva para transformar ideias em projetos estruturados e alinhados à agenda da bioeconomia no Pará.
O Inova Sociobio vai destinar R$ 3,4 milhões ao fortalecimento de sociobionegócios em diferentes estágios de desenvolvimento. A iniciativa integra o Programa Floresta em Pé, fruto de cooperação financeira entre os governos do Brasil e da Alemanha, por meio do banco de desenvolvimento KfW, e conta ainda com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, via Fundo Amazônia Oriental (FAO).
Segundo a secretária de Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy, a iniciativa é uma oportunidade concreta de transformar conhecimentos tradicionais em empreendimentos sustentáveis. “Nosso objetivo é valorizar saberes, promover geração de renda local e consolidar a bioeconomia como alternativa ao desmatamento e ao desenvolvimento socioeconômico”, afirmou.
Ao todo, 20 propostas foram selecionadas, abrangendo diferentes segmentos sociais e regiões do Estado, como Guamá, Baixo Amazonas, Marajó, Xingu e Rio Capim. Cada organização indicou dois representantes para participar da oficina, considerada etapa obrigatória para a aprovação final dos projetos.
“O evento valoriza as Organizações de Base Comunitária e fortalece sua capacidade de transformar ideias em projetos concretos. Mostra também como a parceria entre a Semas, FAS, FAO e Fundação Gordon e Betty Moore amplia os impactos financeiros, sociais e ambientais no Pará”, destacou Jonas Gebara, gerente de projetos do Funbio, responsável pela gestão operacional e financeira do FAO.
A oficina contou ainda com apoio da consultoria Trama Brasil Projetos, contratada pelo programa UK Pact do Reino Unido, e do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), responsável por capacitações que auxiliaram no detalhamento dos planos. Após a etapa, os projetos seguem para análise da Câmara Técnica, que poderá recomendar ajustes.
As propostas aprovadas terão prazo de 12 meses para execução. A iniciativa está em consonância com o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), a Estratégia Estadual de Bioeconomia e o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), reafirmando a bioeconomia como vetor estratégico de desenvolvimento sustentável no Pará.
