Redação Planeta Amazônia
Uma comitiva do projeto BioPolyCol, formada pelo empresário Alexandre Melhado, diretor da empresa Beplast, do Rio Grande do Sul, e pesquisadores da RWTH Aachen Instituto of Textile Technology (ITA), da Alemanha, fizeram uma visita técnica ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia ( Inpa/MCTI), esta semana. A comitiva foi recepcionada pelos pesquisadores do Inpa Jaime Aguiar e Francisca Souza do Laboratório de Análises Funcionais e Química de Alimentos (LFQA).
Com a finalidade de extrair corantes naturais a partir de frutos amazônicos, o projeto BioPolyCol foi aprovado em 2022 pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e tem como coordenador Alexandre Melhado da Beplast. O Inpa, por meio do Laboratório de Análises Funcionais e Química de Alimentos (LFQA), fornece a matéria-prima e a universidade alemã é responsável pelo encapsulamento do corante.
Para a pesquisadora Francisca Souza, a visita é importante para que o grupo conheça a capacidade dos laboratórios do Inpa em desenvolver os corantes naturais. “Essa visita é extremamente importante porque traz justamente esse estreitamento entre Brasil e a Alemanha em busca de corantes com impacto ambiental menor e com a facilidade de ser extraído a partir de resíduos de frutos da Amazônia”, completa Souza.
Ainda de acordo com a pesquisadora, a Alemanha é responsável pelos testes de encapsulamento e utilização desses corantes na forma de corante de plástico. Açai, buriti, camu-camu, tucumã e pupunha são os cinco frutos principais já usados para extração de corantes. Até o final do projeto, que tem duração de três anos, mais cinco frutos serão agregados à extração de corantes naturais.
Alexandre Melhado, afirma que a parceria com o Inpa é importante para o conhecimento das potencialidades e riquezas da Amazônia. “Nós vamos nos concentrar bastante no conhecimento do Inpa, principalmente, no laboratório de alimentos. Até porque é nesse laboratório onde nós estamos preparando as nossas fontes de corantes.”, pontua o empresário.
Sobre a participação dos pesquisadores da Alemanha, Melhado diz que a Universidade é uma das maiores especialistas em toda Europa na área de fibras, tanto fibras naturais como fibras sintéticas.
A comitiva teve a oportunidade de conhecer espaços do Inpa, como a Casa da Ciência, a Ilha da Tanimbuca, a Trilha Suspensa, Casa de Madeira e alguns animais que vivem na fauna do Bosque da Ciência. Durante a visita, puderam ver as árvores com os frutos usados na pesquisa para extração de corante, como açaizeiro e tucumanzeiro. Pela parte da tarde a equipe visitou o LFQA para conhecer um pouco da estrutura e dos processos para extração do corante natural.
Com informações do Inpa/MCTI