Redação Planeta Amazônia
Uma jaguatirica (Leopardus pardalis), felino de hábitos noturnos e reconhecida habilidade de caça, foi registrada pelas câmeras de monitoramento na Área de Preservação Permanente (APP) da Usina Hidrelétrica Belo Monte. O flagrante reforça a presença ativa da fauna silvestre na região e indica a manutenção de ecossistemas saudáveis.
Com pelagem marcada por rosetas e listras, a jaguatirica mede entre 70 cm e 1 metro, pesando de 11 a 16 kg. Solitária e territorialista, a espécie se reproduz ao longo do ano, com ninhadas de até dois filhotes. Na cadeia ecológica, exerce papel essencial no controle de pequenos vertebrados e roedores, contribuindo para o equilíbrio ambiental.
Segundo Roberto Silva, gerente de Meios Físico e Biótico da Norte Energia, o registro é mais uma evidência da adaptação da fauna às áreas protegidas. “Temos acompanhado espécies de grande relevância ecológica, que encontram em nossas áreas um ambiente apto para sobreviver. Os monitoramentos são fundamentais para preservar a biodiversidade da região”, afirma.

A jaguatirica soma-se a outras espécies emblemáticas já registradas na APP, como o macaco-aranha, a ariranha, a onça-pintada e o cachorro-vinagre. A área protegida da usina abrange 26 mil hectares — o equivalente a 25 mil campos de futebol.
Desde 2012, o programa de monitoramento da fauna da Norte Energia já identificou mais de 1.200 espécies, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios, morcegos e invertebrados. As ações envolvem expedições sazonais, uso de tecnologias, metodologias específicas e participação comunitária, com foco na conservação da biodiversidade no entorno da usina.