Maloca Intercultural Indígena no Bosque da Ciência do Inpa, em Manaus, fortalece cultura tradicional

Redação Planeta Amazônia

Um importante atrativo do Bosque da Ciência, a Maloca Intercultural Indígena está de volta à área de visitação pública do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). A Maloca é dedicada à cultura, ao artesanato e à convivência dos visitantes do parque verde urbano com diferentes manifestações dos povos originários. 

A Maloca segue os dias de funcionamento do Bosque da Ciência, localizado na rua Bem-te-vi, s/nº, bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus. As visitas são realizadas de terça a domingo, das 9h às 17h, com a portaria fechando meia hora antes. Às segundas, o Bosque é fechado para manutenção. A entrada é gratuita e basta agendar pelo site clicando aqui.

Construída originalmente em 2006, a Maloca simboliza o fortalecimento do vínculo e a valorização dos saberes tradicionais e da ciência, além de permitir ao visitante apreciar a natureza e a cultura indígena. O espaço foi fechado durante a pandemia da Covid 2019 e reabriu neste ano com nova edificação como parte das comemorações dos 30 anos do Bosque.

“A decisão de reabrir a Maloca surgiu como um dos desdobramentos da Conferência Livre do Inpa, uma ação preparatória da V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em 2024 sobre sistemas de conhecimentos – tradicional indígena e científico”, contou o coordenador de Extensão do Inpa, o pesquisador George Rebêlo.

foto: Camila Barbosa_Ascom Inpa

A reabertura mobilizou cinco etnias (Baré, Tikuna, Wanano, Kokama e Tukano), que participaram ativamente das etapas de construção da Maloca no mesmo local de antes, na Ilha da Tanimbuca, utilizando materiais naturais e técnicas tradicionais. Na construção foram usadas madeira de louro-gamela e cupiúba, enquanto as palhas de ubuçu vieram da base de apoio à pesquisa da ZF-2.

“Na Maloca, os visitantes têm esse contato com o nosso trabalho, principalmente os estudantes que não conhecem esses produtos artesanais”, destaca a artesã Maria Eleda, da etnia Tukano

No espaço podem ser encontrados vários tipos de artesanatos e peças de decoração produzidos pelas organizações indígenas presentes no local, como brincos, pulseiras, cestarias, colares, chaveiros, cocares e outros adornos. As peças e vivência dos povos no  espaço retratam as tradições, as  cosmovisões e as manifestações das identidades das etnias indígenas que se revezam na Maloca a cada duas semanas. 

Sobre a maloca

Construída pela primeira vez há quase 20 anos (2006), a Maloca foi idealizada como um espaço de representatividade das manifestações culturais dos povos indígenas da Amazônia e de diálogo com o Inpa, uma das mais importantes instituições científicas da Amazônia com 70 anos de história. A presença dos artesãos indígenas no Inpa é mais antiga, remonta à abertura do Bosque, quando os primeiros artesanatos eram expostos no Paiol da Cultura.

foto: Anne Karoline_Ascom Inpa

“Depois conseguimos um espaço próprio e tivemos liberdade para apresentar nossa tradição. No início, a Maloca foi feita de casca de árvore, não de madeira”, relembra Maria do Carmo, da etnia Wanano.

By emprezaz

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