Metas mais claras e engajamento do setor empresarial são destaque na nova edição do Reporting Matters

Redação Planeta Amazônia

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lançou hoje, a segunda edição do Reporting Matters. O material, que analisou 74 relatórios de 2024 publicados por empresas de diversos setores da economia com atuação no Brasil, foi desenvolvido em parceria com o Grupo Report, e mostra como as companhias têm valorizado a transparência em temas ligados à sustentabilidade, além da adaptação às novas regulamentações.

O objetivo é avaliar a forma como as companhias reportam suas ações e promover o aprimoramento dos relatórios, seguindo a metodologia desenvolvida pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), em conjunto com a Radley Yeldar. O trabalho contou com uma equipe de 10 consultores, que dedicou centenas de horas para examinar mais de 10 mil páginas.

Uma novidade deste ano é que o levantamento traz dois cases empresariais para cada um dos critérios avaliados. As empresas com melhor desempenho foram Assaí, B3, Banco do Brasil, Boticário, CBA, CCR, Cemig, Copel, Eletrobras, Eneva S/A, Natura, Nexa, Petrobras, Tim e Votorantim.

Em comparação com a primeira edição, nota-se um aumento em quase todas as pontuações nos 16 critérios utilizados para a avaliação. No quesito “metas e compromissos”, por exemplo, a pontuação passou de 5,6 para 7,4. Já quando consideramos o “engajamento de stakeholders”, o aumento da média foi de 6,4 para 8,1.

A exceção é o critério de “Impacto”, aplicado às empresas com as 20 melhores notas. A pontuação média deste critério diminuiu de 9 em 2023 para 8,1 em 2024, porque os relatórios analisados apresentaram ausência ou fragilidade de abordagens ao tema “biodiversidade”. A alteração da lista de empresas avaliadas na nova edição do Reporting Matters, quando comparada à anterior, e o fato da biodiversidade ainda ser um tema recente para muitas companhias são alguns dos fatores que impactaram este indicador.

“Novamente, tivemos a participação de 98% das associadas do CEBDS que publicam relatórios nacionais. Isso demonstra o comprometimento da rede em aprimorar de forma contínua as suas práticas de relato. O aumento na pontuação média em 15 dos 16 critérios aplicados a todas as empresas é o retrato dessa evolução. Um ponto a ser destacado é a adoção de novas tendências, como o conceito de dupla materialidade, ou seja, relatos que consideram tanto os impactos financeiros das questões ESG na empresa quanto os que a empresa causa no meio ambiente e na sociedade. Nesta edição, a prática está presente na maioria dos relatórios (54%), enquanto na publicação passada esse percentual era de 40%”, pontua Daniela Mignani, Diretora de Relações Institucionais e Comunicação do CEBDS.

Para os realizadores do Reporting Matters Brasil, o compartilhamento de boas práticas proposto pelo estudo acelera a evolução do relatório de sustentabilidade, pois revela como o mercado está se ajustando, trazendo referências, experiências e novas visões. Encontrar alinhamento entre os padrões de relatórios de sustentabilidade ajudará a atender às necessidades dos mercados globais, incluindo investidores que alocam capital internacionalmente.

“Enquanto parte do mercado questiona o futuro do ESG, o Reporting Matters reforça que a sustentabilidade continua sendo essencial para os negócios”, afirma Rachel Alves, gerente de novos negócios da Report.

By emprezaz

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