Redação Planeta Amazônia
A Assembleia da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) assinou um termo de cooperação técnica nessa segunda-feira, 27, com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para a proteção do território indígena do Vale do Javari. Na ocasião, também foi anunciada pela ministra Sônia Guajajara, a criação do Comitê Permanente de Proteção Territorial do Vale do Javari (CPPT), por meio de decreto do Ministério dos Povos Indígenas.
“Esse momento marca a proteção dos povos indígenas do Vale e dos indigenistas e ambientalistas daqui, temos que colocar um fim nesse ciclo de violência em todos os territórios indígenas e hoje, em especial, aqui no Vale do Javari. A biodiversidade, assim como toda variedade de povos indígenas daqui, precisa ser protegida e ter sua segurança garantida”, declarou a ministra.
Esse comitê será composto pelo Ministério dos Povos Indígenas (Funai), Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Univaja.
O anúncio do comitê faz parte de uma visita à região do Vale do Javali, no Amazonas, onde os líderes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), se mostraram otimistas com o resultado da reunião com ministros do governo Lula. Um dos representantes da entidade, Beto Marubo, ressaltou a presença do Estado brasileiro na região, que é continuamente ameaçada pelo crime organizado e pelos ataques aos povos indígenas que habitavam aquela terra.
Também por ocasião do encontro, Sônia Guajajara afirmou que foi arquivado o processo administrativo aberto em 2022 contra Bruno Pereira, indigenista assassinado na região em 2022, juntamente com o jornalista inglês Dom Philips. A Funai também fez uma retratação pública, se desculpando pela perseguição que Bruno sofreu.